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DA CENTÉSIMA DÉCIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 03-12-2014.
Aos
três dias do mês de dezembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada,
respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dr.
Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara
Cony, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Paulo Brum, Pedro Ruas e Professor Garcia.
Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Derly, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do
Legislativo nº 233/14 (Processo nº 2519/14), de autoria do vereador Alberto
Kopittke; o Projeto de Resolução nº 037/14 (Processo nº 2694/14), de autoria do
vereador Elizandro Sabino; o Projeto de Resolução nº 035/14 (Processo nº
2642/14), de autoria dos vereadores Fernanda Melchionna e Pedro Ruas; e o
Projeto de Resolução nº 036/14 (Processo nº 2658/14), de autoria do vereador
João Bosco Vaz. Também, foi apregoado o Ofício nº 1098/14, do Prefeito,
encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 015/14 (Processo nº
2805/14). Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 0991/14, de Graça Cristina Freire
de Campos, Coordenadora de Filial da Caixa Econômica Federal. Durante a Sessão,
foram aprovadas as Atas da Nonagésima, Nonagésima Primeira e Nonagésima Segunda
Sessões Ordinárias e da Décima Oitava, Décima Nona, Vigésima, Vigésima
Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta
e Vigésima Sexta Sessões Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Paulo Brum, Clàudio Janta, Jussara Cony, Idenir Cecchim, Jussara
Cony, Delegado Cleiton, Airto Ferronato e Sofia Cavedon. Às quinze horas e
vinte e três minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Executivo nº 036/14 (Processo nº 2397/14). Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por
onze votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pela
vereadora Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada pelo vereador
Paulo Brum, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio
Janta, Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e
votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Mario Fraga, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda
nº 06 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por vinte e cinco votos
SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo,
Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 06 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14.
Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 07 aposta ao Projeto de Lei
do Executivo nº 036/14, por nove votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
após ser encaminhada à votação pelos vereadores Fernanda Melchionna, Sofia
Cavedon, Reginaldo Pujol, Airto Ferronato, Fernanda Melchionna, Airto Ferronato
e Clàudio Janta, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel,
tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Fernanda
Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Pedro
Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o vereador
Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 08
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por quatorze votos SIM, treze
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores
Clàudio Janta, Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Dr. Thiago, Jussara Cony,
Fernanda Melchionna, Cassio Trogildo, Clàudio Janta e Idenir Cecchim, em
votação nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Pedro Ruas, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir
Canal, votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz,
Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulo Brum e Reginaldo
Pujol e optado pela Abstenção o vereador Valter Nagelstein. Foi votada
destacadamente e aprovada a Emenda nº 09 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 036/14, por vinte e dois votos SIM e oito votos NÃO, após ser encaminhada à
votação pelos vereadores Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Any Ortiz, Cassio
Trogildo, Valter Nagelstein, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Delegado Cleiton e
Tarciso Flecha Negra, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Fraga,
tendo votado Sim os vereadores Alberto Kopittke, Any Ortiz, Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Paulinho Motorista,
Pedro Ruas, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein
e Waldir Canal e votado Não os vereadores Airto Ferronato, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum e Reginaldo
Pujol. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Mario Fraga,
solicitando votação conjunta das Emendas nos nos 16, 18, 35, 48, 52,
64, 80, 103 e 108 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Fernanda Melchionna, Sofia Cavedon,
Valter Nagelstein, Clàudio Janta, Cassio Trogildo, Airto Ferronato, Jussara
Cony, Waldir Canal, Márcio Bins Ely, Reginaldo Pujol e Delegado Cleiton. Foram
votadas destacada e conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 16, 18,
35, 48, 52, 64, 80, 103 e 108 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14,
por vinte e nove votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Clàudio
Janta, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Any Ortiz,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 20 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por
doze votos SIM, treze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação
pelos vereadores Lourdes Sprenger e Clàudio Janta, em votação nominal
solicitada pelo vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os vereadores Alberto
Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Derly, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa,
Paulinho Motorista, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum e Reginaldo Pujol e optado pela
Abstenção o vereador Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e aprovada
a Emenda nº 21 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por quatorze
votos SIM, treze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação
pelos vereadores Lourdes Sprenger e Airto Ferronato, em votação nominal
solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado Sim os vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra,
votado Não os vereadores Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Reginaldo
Pujol e optado pela Abstenção o vereador Waldir Canal. Foi votada
destacadamente e aprovada a Emenda nº 30 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 036/14, por treze votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada
pelo vereador João Bosco Vaz, tendo votado Sim os vereadores Bernardino
Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Paulinho
Motorista, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não os
vereadores Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila e Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 32 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por dez votos SIM
e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta,
tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Fernanda Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não os
vereadores Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 33 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 036/14, por dez votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada
pelo vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os vereadores Bernardino
Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, João Derly,
Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal e votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio
Trogildo, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista e Reginaldo Pujol. A seguir,
constatou-se a existência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador
Mario Fraga. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 39 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por quatro votos SIM e dezesseis votos
NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos vereadores
Lourdes Sprenger, Airto Ferronato, Sofia Cavedon, Idenir Cecchim, Marcelo
Sgarbossa e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario
Fraga, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, João Derly,
Jussara Cony e Lourdes Sprenger, votado Não os vereadores Airto Ferronato,
Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela,
João Bosco Vaz, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol, Séfora Mota e
Sofia Cavedon e optado pela Abstenção os vereadores Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Idenir Cecchim e Tarciso Flecha Negra. Na oportunidade, foi aprovada a
prorrogação da Sessão, nos termos regimentais, por vinte e quatro votos SIM, em
votação nominal solicitada pelo vereador Márcio Bins Ely, tendo votado os
vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Derly, Jussara Cony,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol,
Séfora Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 40 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por
quatro votos SIM, dezenove votos NÃO e três ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à
votação pelos vereadores Lourdes Sprenger, Mônica Leal, Lourdes Sprenger,
Mônica Leal, Delegado Cleiton e Marcelo Sgarbossa, em votação nominal
solicitada pelo vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os vereadores Delegado
Cleiton, João Derly, Jussara Cony e Lourdes Sprenger votado Não os vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Marcelo
Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon e
Waldir Canal e optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo,
Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 41 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por cinco votos
SIM, dezoito votos NÃO e três ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelos
vereadores Cassio Trogildo e Clàudio Janta, tendo votado Sim os vereadores
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa e
Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Derly, Jussara Cony, Márcio Bins Ely, Mario
Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Reginaldo
Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção os
vereadores Any Ortiz, Clàudio Janta e Séfora Mota. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 91 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por
sete votos SIM, quinze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à
votação pelos vereadores Jussara Cony, Airto Ferronato, Jussara Cony e Sofia
Cavedon, em votação nominal solicitada pelos vereadores Clàudio Janta e Mario
Fraga, tendo votado Sim os vereadores Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda
Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon, votado
Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção as
vereadoras Lourdes Sprenger e Séfora Mota. Foi votada destacadamente e aprovada
a Emenda nº 104 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por vinte
votos SIM e três votos NÃO, em votação nominal solicitada pelos vereadores
Clàudio Janta e Mario Fraga, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Derly,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Mario
Fraga e Nereu D'Avila. Foi votada destacadamente e aprovada a Subemenda nº 01 à
Emenda nº 104 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 036/14, por vinte e
quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelos vereadores Clàudio Janta
e Mario Fraga, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol,
Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada
destacadamente e aprovada a Emenda nº 105 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 036/14, por treze votos SIM, doze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação
nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado Sim os vereadores
Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna,
João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro,
Paulinho Motorista, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal, votado Não os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila e Reginaldo Pujol e optado pela Abstenção o
vereador Tarciso Flecha Negra. Foram votados conjuntamente e aprovados o
Projeto de Lei do Executivo nº 036/14 e as emendas e subemendas apostas com
parecer pela aprovação e não destacadas, por vinte e quatro votos SIM e
um voto NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Cassio
Trogildo, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Derly, Jussara
Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol, Séfora
Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não a
vereadora Fernanda Melchionna. Às vinte horas e dezessete minutos, o Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em Pauta, 2ª Sessão, estiveram o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 025/14 e os Projetos de Lei do Legislativo nos
204 e 212/14. Durante a Sessão, os vereadores Sofia Cavedon, Airto Ferronato,
Mario Fraga, Idenir Cecchim, Cassio Trogildo, Airto Ferronato, Jussara Cony,
Fernanda Melchionna, Clàudio Janta, Reginaldo Pujol, Delegado Cleiton, Lourdes
Sprenger e Márcio Bins Ely manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também,
foram registradas as presenças, neste Plenário, de oito alunos vereadores
mirins da Câmara Municipal de Brochier, acompanhados pelo Presidente daquele
Legislativo, vereador Fábio Heleno Brochier, e das professoras Andréa Cristiane
Scherer e Itânia Jantsch, em visita orientada integrante do Projeto de Educação
Política desenvolvido pela Seção de Memorial deste Legislativo. Às vinte horas
e dezoito minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor Garcia e
Mauro Pinheiro e secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Paulo Brum está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULO BRUM:
Sr.
Presidente, Senhoras e Senhores Vereadores. Hoje, 3 de dezembro, Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência, é uma data comemorativa,
internacional promovida pelas Nações Unidas, desde 1998, com o objetivo de
promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes às deficiências, e
para mobilizar a defesa da dignidade dos direitos e o bem estar das pessoas com
deficiência. Nós temos muito a comemorar, sim, pela nossa luta, mas cada dia é
uma vitória a mais. Nós temos a Lei Federal nº 10.098/2000, que é a Lei da
Acessibilidade, regulamentada pelo Decreto Federal nº 5.296/2004, que, no seu
art. 38, no § 3º, determina prazo de 120 meses para que a frota de veículos de
transportes coletivos urbanos, os nossos ônibus, esteja totalmente acessível;
portanto, o prazo encerrou-se ontem, dia 2 de dezembro, quando era para a nossa
frota de ônibus de Porto Alegre estar tolamente acessível às pessoas com
mobilidade reduzida. Nós iniciamos a adaptação dos ônibus em Porto Alegre lá em
1996. No início, eram apenas seis ônibus adaptados; hoje, segundo informação da
própria EPTC, são mais de mil ônibus, compondo 60% da frota. Também temos
conhecimento que o edital da próxima licitação dos ônibus prevê que 100% da
frota seja acessível. Portanto, estamos de olho.
A EPTC nos informa que, no prazo de dez dias,
será lançado edital para licitação de táxi acessível, em Porto Alegre – uma
frota com mais de 80 veículos com acessibilidade. Há a previsão de que, no
próximo ano, teremos, portanto, táxi acessível no Município de Porto Alegre.
Estamos aguardando e estamos de olho, também.
Por outro lado, Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
em 2013, esta Casa aprovou um projeto, de minha autoria, que instituiu, no
sistema de transporte no Município de Porto
Alegre, o transporte acessível, que atende, de
porta a porta, as pessoas com deficiência física que estão impossibilitadas de
utilizarem o transporte coletivo convencional.
Pois bem, o Executivo vetou esse nosso projeto. Quando esta Casa, com a
sensibilidade das Sras. Vereadoras e dos Srs. Vereadores, iria derrubar o veto
do Executivo, chegou uma proposta de que o Executivo implantaria o serviço. Nós
acreditamos, e pedi às Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores que aceitássemos
o veto, que mantivéssemos o veto, e assim foi feito. Mas, Srs. Vereadores, até
agora, a promessa do Executivo de que nós teríamos um projeto de lei, inclusive
já com data definida para sua implantação, que seria em janeiro de 2015, esse
projeto não chegou aqui na nossa Câmara.
Fizemos um programa na TVCâmara junto com o
representante da EPTC, e, mais uma vez, fizemos questão de registrar a minuta
do anteprojeto que seria apresentado a esta Casa.
Utilizamos esta tribuna para ler o projeto de
lei proposto pelo Executivo, nós (Lê.): “Fica instituído no Município de Porto
Alegre o Programa de Transporte Assistencial Acessível destinado ao
deslocamento das pessoas com deficiência física que não apresentem condições de
mobilidade e acessibilidade, autonomia aos meios de transporte público ou que
apresentem grandes restrições ao acesso e uso dos equipamentos urbanos. O
Programa de Transporte Assistencial Acessível será disponibilizado
gratuitamente às pessoas com deficiência física beneficiárias devidamente
inscritas na Secretaria Municipal competente e será executado por meio de
veículos adaptados e acessíveis próprios ou locados pelo Executivo por meio das
Secretarias e Fundação referidas. Os órgãos municipais referidos no caput do presente artigo poderão possuir
e disponibilizar os veículos do Programa de Transporte Assistencial Acessível,
isolada ou conjuntamente, conforme conveniência.”
E há mais uma série de artigos definindo quem
teria esse direito e quem iria executar esse transporte aqui na nossa Capital.
Queremos deixar claro que nós não estamos
inventando a roda, esse meio de transporte já existe em outras capitais do País
e em outras grandes cidades; na verdade, queremos dar a garantia do direito de
ir e vir às pessoas com deficiência física, notadamente, aquelas com
impossibilidade de utilizarem o transporte convencional.
Estamos no aguardo. Tivemos aqui um
representante do Executivo, tivemos várias conversas, e, até agora, não foi
cumprido aquilo que foi proposto e acordado aqui com esta Casa. Portanto, eu
peço ao representante do Sr. Prefeito que analise, com carinho, essa nossa
proposta e que nós não passemos por não cumprir os acordos aqui determinados
nesta Casa.
Sr. Presidente, também aprovamos, nesta Casa,
uma lei de minha autoria, que determina a meia-entrada para as pessoas com
deficiências em espetáculos culturais, esportivos e nos cinemas de nossa
Capital. Pois bem, essa nossa lei foi regulamentada pelo Decreto nº 18.641, de
12 de maio de 2014, e até agora não está sendo efetivada, na prática. As
pessoas têm o benefício, têm o direito e não conseguem usufruir, porque as
Secretarias responsáveis pela emissão dessa carteira, dessa identificação, até
agora não enviaram nenhuma identificação para esse direito, aprovado por esta
Casa, regulamentado pelo Executivo, e que até agora não saiu do papel. Portanto,
Sr. Presidente, nesse dia em que nós comemoramos, em nível mundial, o Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência, ocupo esta tribuna para fazer esse
desabafo e para registrar conquistas que obtivemos nesse tempo, mas também
queremos que seja cumprido o que esta Casa aprova e aquilo que o próprio
Executivo regulamenta. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Paulo Brum. Registro a visita
orientada pelo Memorial desta Casa, através do Jorge. Esta Casa recebe, hoje, a
Câmara Municipal de Vereadores de Brochier; o Presidente da Câmara, o Ver.
Fábio Heleno Brochier, a Professora Andréa Cristiane Scherer, a Professora
Itânia Jantsch, e oito alunos, vereadores mirins. Sejam bem-vindos e muito
obrigado pela presença de vocês. (Palmas.)
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; usamos este tempo de Liderança
do nosso Partido para saudar o dia de ontem, que foi de resistência democrática
dos trabalhadores brasileiros. Lá no Congresso Nacional, ontem, eles impediram
a chantagem que o Governo vem fazendo com o povo brasileiro, principalmente com
uma lei que foi exigida nas ruas, uma lei que foi exigida nas portas das
fábricas, nos canteiros de obra, nas ruas das cidades do Brasil, que era a Lei
de Responsabilidade Fiscal, que, agora, a Presidente Dilma Rousseff tenta
acabar. A Presidente tenta, de uma forma absurda, de uma forma ditatorial e
vergonhosa, acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal, fazendo uma chantagem,
fazendo uma compra que a gente viu quando se deu a ampliação de mandato para o
Sarney, a ampliação de mandato para o Fernando Henrique Cardoso, e se foi às
ruas criticar isso. A Presidente oferece uma coisa que eu tenho vindo muito a
esta tribuna criticar: só se faz reforma política neste País, com seriedade,
quando se acabar com as emendas parlamentares. A prova disso é agora, quando a
Presidente Dilma tenta comprar o Congresso Nacional com R$ 449 milhões em
emendas parlamentares. Isso é um acréscimo, para cada Deputado, de R$ 750 mil,
num montante que os Deputados já têm de R$ 11,6 milhões, isso é o que é
disponibilizado a um Deputado Federal de emendas parlamentares. Isso é um
orçamento superior a muitas prefeituras, isso é um orçamento superior a muitas
áreas de muitas prefeituras e, até podemos arriscar dizer, de muitos Estados.
Aí a Presidente faz essa proposta, e nós vimos os seus defensores, no dia de
ontem, acusarem uma parcela de trabalhadores – de dirigentes sindicais que se
encontravam no Congresso Nacional, vigilantes, e se encontram hoje no Congresso
Nacional, como se encontram na frente do Banco Central, acompanhando a nova
taxa Selic – de golpe. Golpe é não assumir a gastança, é não assumir que gastou
mais do que podia, golpe é não assumir que este País está endividado, golpe é
não assumir que tem que fazer a lição de casa! Isso é golpe com o povo
brasileiro! É golpe dizer que não tem mais dinheiro para investir na indústria
nacional, ir para a TV e dizer que o salário mínimo aumentou mais que a
produção nacional e, por isso, tem que estancar o aumento do salário mínimo!
Golpe é dizer que não tem mais dinheiro para estancar o crescimento do dólar!
Isso é o golpe, isso é que é o golpe: mentir para o povo brasileiro!
Nós vamos continuar, sim, ocupando as galerias
do Congresso Nacional, nós vamos continuar acampados na frente do Banco Central
enquanto essa taxa de juros, que sacrifica o trabalhador brasileiro e a
indústria nacional, estiver subindo. Nós vamos continuar, sim, lutando para que
não seja feita chantagem no Congresso Nacional em cima de Parlamentares. Nós
vamos continuar, sim, brigando para ter a autonomia do povo brasileiro, para
que não seja rasgada uma reivindicação e uma conquista do povo brasileiro que é
a Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a Presidente Dilma desconsiderar o que foi
feito no seu Governo e rasgar a Lei de Responsabilidade Fiscal, vai permitir
que o Congresso Nacional, que recebe do povo brasileiro mais de R$ 6,9 bilhões
– é o que custa o Congresso Nacional ao povo brasileiro –, que as assembleias
legislativas, as câmaras de vereadores, governadores e prefeitos descumpram a
Lei de Responsabilidade Fiscal. E aí este País vai voltar ao que era antes da
Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós vamos voltar à gandaia, ao descumprimento,
à bagunça, e eu acho que isso o povo não quer. Então, se o povo que está lá nas
galerias reivindicando que isso não passe é baderneiro, nós somos baderneiros;
se aquele povo é povo comprado, eu acredito que não. Eu acredito que as pessoas
que vêm aqui a esta Casa reivindicar creches, reivindicar mais verbas no
Orçamento, que vêm a esta Casa reivindicar saúde, ninguém é comprado! As
pessoas vêm aqui porque acreditam num ideal! E as pessoas que estão lá no
Congresso Nacional reivindicando a Lei de Responsabilidade Fiscal,
reivindicando que tenha mais direito para os trabalhadores, mais dinheiro para
a aposentadoria, que se acabe com o fator previdenciário, essas pessoas estão
lá porque acreditam que podem baixar os juros, acreditam que nós podemos ter um
País melhor para se viver e, principalmente, que as leis, neste País, sejam
cumpridas e não seja corrompido o Congresso Nacional com emendas parlamentares,
com R$ 444 milhões, ou seja, um acréscimo de R$ 750 mil às emendas de R$ 11,6
milhões, que cada Parlamentar tem! Com força, fé e solidariedade, nós vamos
seguir lutando para melhorar a vida dos trabalhadores e de suas famílias, e
para que as leis no Brasil sejam cumpridas! Muito obrigado, Sr. Presidente e
Vereadores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores e demais segmentos sociais que
hoje estão acompanhando aqui a votação do Orçamento; pois é isso mesmo! É em
nome da Direção Nacional do Partido Comunista do Brasil, do meu Partido, no
qual eu milito – já perdi até a conta do tempo, desde menina, porque nasci
dentro de uma família comunista: meu avô, meu pai, operário, ferroviário –, que
venho a esta tribuna: é para não confundir, Ver. Janta, trabalhadores
identificados dentro dum Congresso, duma Câmara Municipal – que é um direito e
um dever nosso acolhê-los –, com pessoas, nem 30 pessoas, identificadas
partidariamente com uma oposição golpista, que não aceita o resultado das
eleições e que ontem desrespeitou uma das instituições deste País, que é o
Congresso Nacional.
Eu quero uma revolução socialista – e sempre
disse isso –, mas eu respeito, para chegar a uma outra etapa da luta da Nação
brasileira, as instituições democráticas constituídas até esta etapa da nossa
ainda frágil democracia. E é por isso que eu subo a esta tribuna também como
mulher, como farmacêutica – e a Senadora Vanessa Grazziotin é minha colega
farmacêutica –, como mãe, como mulher, como feminista e como comunista, para
dizer que o Congresso Nacional, ontem, foi desrespeitado. Foi uma barreira
humana dos Deputados da oposição, que não querem que o Brasil avance e que não
aceitam que a Presidenta Dilma e o projeto de desenvolvimento, nas suas etapas,
vão continuar, e que não aceitam a derrota do neoliberalismo – que queria
voltar, um projeto de atraso para a Nação brasileira. É dessa maneira que nós,
do Partido Comunista do Brasil, encaramos o que aconteceu ontem.
Chamar de vagabunda uma Senadora do Amazonas com
a história de luta de Vanessa Grazziotin, e ser, quem chamou, autorizado e
defendido pelos Deputados da oposição, dessa oposição que não aceita que o
Brasil avance, é inadmissível!
Eu não vou ter tempo suficiente para ler a nota
da União Brasileira de Mulheres, mas eu vou pedir, Sr. Presidente, que esta
nota seja transcrita nos Anais desta Casa, porque nós, da UBM, manifestamos a
nossa solidariedade à Vanessa e reafirmamos aqui também, neste momento, uma
luta por uma reforma política verdadeiramente democrática, para que possamos
mudar essa correlação de forças no Congresso Nacional, que elegeu, inclusive
nesta eleição, Deputados que dizem que tem que matar índio, que tem que matar
negro, que tem que matar homossexual! Para que o Congresso futuro não seja pior
do que o atual, nós precisamos de uma reforma política. Isso é inadmissível
porque também questiona a nossa participação como mulheres no poder. Os que não
têm compromisso com transformação não admitem uma mulher no poder. O machismo
está impetrado em toda a sociedade brasileira. É inadmissível uma Parlamentar
ser ofendida como foi e isso ser apoiado por aqueles que não querem que o
Brasil avance. Eram identificados, Ver. Janta! Os que fizeram isso eram
identificados partidariamente. Não eram trabalhadores, porque trabalhador não
tem esse tipo de comportamento!
Nós enfrentamos a ditadura militar, eu tenho, só
de parlamento, mais de 30 anos. Fui Vereadora nesta Casa. Pergunto: alguma vez,
no enfrentamento da ditadura militar, nós adjetivamos quem quer que seja? Não,
Ver. Idenir Cecchim! Não! Porque o comportamento do nosso Partido é na disputa
política, é no debate de ideias, no debate de projetos. É assim que nós
fazemos. Sem desconstituir as outras forças políticas, pelo contrário, buscando
ampliar, buscando unificar, para que construamos uma nação muito mais
democrática. Finalizo dizendo que nós precisamos de uma reforma política que
avance na democracia, uma reforma política que tenha na lista uma mulher, um
homem; uma mulher, um homem; uma mulher e um homem. Uma reforma política que
termine com o financiamento privado de campanha, que fez uma correlação de
forças antagônicas às necessidades e aos anseios da nossa população. Estou
indignada – indignada! –, porque, se um homem fala alto, se um homem faz um
belo discurso, se um homem tem uma atitude – ainda é assim no nosso País e no
mundo –, ele é o cara! Uma mulher que se põe na luta, uma mulher que enfrenta,
uma mulher...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY
...que vai para a tribuna, como Senadora de um Congresso Nacional, para
contribuir para o avanço do nosso País, é pejorativamente chamada de vagabunda!
Isso é contra o significado da participação da mulher na vida política,
econômica, social, cultural e familiar; isso é contra a luta histórica das
mulheres brasileiras. É por isso que estamos aqui para repudiar.
Trabalhador, Ver. Janta, não faz o que fizeram
os identificados com a direita deste País, que não quer o avanço da nação
brasileira. Vamos separar o joio do trigo, senão nós nos perdemos, pensando que
foi o trabalhador que fez o que foi feito no Congresso Nacional, e, mais do que
isso, apoiados pela direita golpista, identificados partidariamente. Os
partidos do campo popular e de esquerda não têm esse comportamento. Nós
debatemos na política. Muitas vezes, podemos não ter a mesma opinião, mas
debatemos no alto nível da política que o povo brasileiro merece.
Agradeço, Sr. Presidente, pela sua
condescendência, mas havemos de convir que era preciso que eu subisse a esta
tribuna para trazer aqui a posição do meu Partido e a posição das mulheres da
União Brasileira de Mulheres.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoal que está nas galerias,
boa tarde. Eu quero dizer que assisti, ontem, àquela Sessão desastrada, e vi,
claramente, a Deputada Maria do Rosário mandando o povo sair de lá, sem saber
de que partido eram. Ela não queria ninguém nas galerias, só quem a aplaudisse!
Ver.ª Jussara Cony, eu a respeito muito e tenho uma admiração pelo seu passado,
pela sua caminhada, mas eu lamento não ter ouvido um discurso da senhora, aqui,
quando foi invadida esta Câmara! Não defendeu os Vereadores e nem a senhora,
quando aqui foi invadido! Eu não ouvi esse discurso da senhora! Quando a Câmara
foi achincalhada, invadida, mijada, a senhora não disse nada! Não disse nada!
Quando invadiram a Assembleia – eu acho que a senhora estava lá, não tenho
certeza, mas acho que sim –, quando pularam para dentro do plenário, a senhora
não disse nada. E agora não venha com esse papo de feminismo ou machismo,
porque não tinha a ver com isso; lá não se ataca uma Presidente ou uma
Deputada, o que estava se fazendo lá era sentindo vergonha de um Governo – no
masculino – incompetente, que quer votar uma lei para não cumprir a lei! Quer
votar outra lei para dizer que, aquilo que fizeram errado durante os quatro
anos, está certo. Estão certos os Deputados em não votar! Tem que fazer barulho
mesmo! Ver. Janta, eu não sei quem são essas pessoas, mas tenho certeza de que
V. Exa. não é golpista. O Ver. Janta não é golpista, ele defende uma grande
categoria de trabalhadores. Ou será que só é trabalhador quem pertence à CUT da
Ver.ª Cony? Será que só é trabalhador quem é da CUT? Quem é a favor e pelego do
Governo? Não! Trabalhadores são todos aqueles que trabalham, que têm carteira
assinada, seja no emprego público ou privado, e não vai ser ninguém que vai vir
aqui escolher quem é trabalhador! Ou será que é só a pelegada do PT e do PCdoB
que é trabalhadora? Não! Todos são trabalhadores e nós exigimos respeito. Todos
são trabalhadores, independentemente da central que ocupem! Então, vamos
devagar com o andor. Vamos respeitar. Se for para respeitar a Casa, que comecem
a respeitar a sua própria Casa, e façam o mesmo discurso e digam que estão
indignados com o que fizeram com a invasão da Câmara. Diga aqui, nossa Ver.ª
Jussara Cony! Diga aqui para todo mundo ouvir que V. Exa. repudia a falta de
respeito que houve aqui em duas oportunidades: numa invadiram e tiraram o
microfone da Presidente, Ver.ª Sofia Cavedon; desapearam a Presidente do lugar
onde ela estava; desapearam-na; fizeram-na sair.
E eu não ouvi esse discurso da senhora. Não
ouvi. Gostaria de ouvir sempre que ocorressem essas barbaridades. E acho que o
Parlamento tem que ser respeitado, com isso concordo, mas todos os lados e não
só quem aplaude a incompetência do governo incompetente como é esse da Dilma.
Não só querer aplausos para um governo que quer fazer uma lei para desobedecer
à lei que existe; para ajeitar os números das grandes somas roubadas deste
País. Não é essa lei que nós queremos; é lei para todos os brasileiros, e que
seja cumprida, esteja na presidência um homem ou uma mulher; não importa. O que
importa é um governo incompetente que aí está e não sabe fechar as contas.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. JUSSARA
CONY: Eu
quero iniciar agradecendo à Ver.ª Sofia Cavedon, do PT, e à Ver.ª Fernanda
Melchionna, do PSOL. Duas companheiras de luta e que me cederam este tempo de
Liderança de oposição. Em primeiro lugar, vamos à realidade objetiva dos fatos,
no que tange à proposta do Governo em relação à mudança da maneira do cálculo,
descontando do PAC, onde estão incluídas as obras da mobilidade. Ao invés de o
dinheiro ir para pagar juros da dívida, vai para investimento em cidades
melhores. As obras de mobilidade
urbana, por exemplo, a reforma urbana que precisamos fazer em Porto Alegre, e a
isenção de impostos, para que os trabalhadores possam adquirir bens de consumo.
Quem diz que uma mulher chefe de família, trabalhadora, não pode ter uma
geladeira melhor, uma máquina de lavar, ou querem que vá para o tanque pelo
resto da vida? Quem disse que os trabalhadores e as trabalhadoras não podem ter
um carro? É essa a mudança que está sendo feita e que foi impedida pela segunda
vez, ontem, no Congresso Nacional. Mas vamos aqui ao Ver. Cecchim: em primeiro
lugar, em nenhum momento o senhor me vê falar em invasão. Eu considero que o
que ocorreu aqui nesta Casa foi uma ocupação do movimento social organizado. Eu
considero assim. Como considero assim quando o povo se reúne para garantir o
seu sagrado direito de morar, porque não tem política pública que garanta isso.
Aquilo não é invasão, é ocupação, porque temos que começar a discutir a função
social da terra que, nesta Cidade, aliás, está muito mais para o lado da especulação
imobiliária do que para o da reforma urbana. (Palmas.) Vamos começar por aí. Eu
tenho a impressão de que o senhor não participou de todo o processo das
negociações que se fizeram lá entre os Vereadores, e depois neste plenário,
ultimando com o processo que culminou com a saída das pessoas daqui. Eu
participei de todos os momentos – o Ver. Dr. Thiago era o nosso Presidente –, a
Ver.ª Fernanda, a Ver.ª Sofia, todas as Bancadas participaram para buscar
resolver aquilo que se tornou um impasse, mas que é algo que num processo
democrático é viável. E houve conversações. Eu não esqueço da cena aqui! Aliás,
não vi, por exemplo, se manifestarem em relação a um determinado momento, como
o que fizeram com o quadro da Manuela e de outras Vereadoras. Nós nos manifestamos,
porque não admitimos esse tipo de coisa. Agora, Vereador, quanto às minhas
atividades, durante 16 anos na Assembleia Legislativa, o negócio é o seguinte:
a gente tem lado, eu tenho lado, meu partido tem lado, e o nosso lado é
participar onde tiver que participar, do movimento social, do movimento
comunitário – está aqui o povo da UAMPA, liderado pela Bruninha, está o Cupini,
está a nossa turma mais antiga, a turma nova, está todo mundo lutando pela
emenda da UAMPA. Eu tenho lado; o meu lado é o lado, sim, dos trabalhadores, o
lado do movimento comunitário, das mulheres, da cultura... Nós temos que dar
uma guinada na cultura na cidade de Porto Alegre, porque a cultura é
transformadora! E o meu lado... Vamos ver se lembro, estava ouvindo isso hoje,
daquela música do Chico: “Nós não vamos ser escravos de quem cultua a
hipocrisia.” É disso que se trata: nós não vamos ser escravos de quem cultua a
hipocrisia e, portanto um atraso. Então, o que ocorreu ontem no Congresso
Nacional não foi com trabalhadores; o que ocorreu ontem no Congresso Nacional
como já disse, foram 26 pessoas partidariamente definidas, e definidas no campo
que não é nosso. É o campo contrário aos avanços, é o campo de neoliberalismo,
é o campo que enterrou a Nação brasileira e que não admite, a partir de 2002,
2003, a eleição do primeiro operário do Brasil, a sua reeleição, a eleição da
primeira mulher para Presidente! E não basta ser mulher, eu digo isso toda
vida, porque eu sei o que é a gente vir para a luta de classe e ter que enfrentar
o machismo, o paternalismo. Não sou nem filha, nem irmã, nem esposa, nem neta,
nem coisa nenhuma de ninguém, de nenhum homem que foi político e me introduziu
na política. Sou uma comunista, revolucionária. E se estou no Parlamento para
defender o lado que é o meu lado, foi porque estou dentro do partido de 92 anos
que tem compromisso com as transformações radicais dessa sociedade, mas que
sabe se postar, no momento em que é preciso, em defesa sempre dos
trabalhadores, em defesa da luta popular, porque é aí que vamos ter o acúmulo
para garantir uma sociedade libertária, em que os homens botem as barbas de
molho, os que têm e os que não têm. A nossa luta não é contra os homens, mas
atentem, quanto mais nós nos emanciparmos, mais a sociedade se emancipa e mais
os homens também se emancipam, porque nós queremos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY: ...onde
possamos viver as nossas maravilhosas diferenças na igualdade. Mas não pensem
que vão nos tirar da luta. As mulheres brasileiras, as mulheres de luta, as
guerreiras brasileiras não se importam com esse tipo de xingamento, porque a
nossa vida, como a vida da Vanessa Grazziotin, tem uma dimensão muito maior do
que aqueles que estavam lá tentando impedir que o Brasil avance. A dimensão
deles é da baixa política, é de não ir para o debate político, e, felizmente, a
gente tem mulheres que vão para o debate político e que tiram de letra este
tipo de comportamento reacionário, machista e, mais do que tudo isso, golpista,
porque é isso que está em jogo para que a gente avance ou retroceda neste País.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora.
A Sra. Sofia Cavedon:
Vereador-Presidente,
as entidades solicitaram que eu passasse a V. Exa., porque elas não podem falar
aqui no plenário neste dia, um conjunto de assinaturas: 126 entidades que
atendem a educação infantil, que no dia de ontem tiveram a sua reunião mensal
do fórum das entidades, estão assinando a Emenda nº 09 e pedem para serem
colocadas junto ao processo com as outras 61 entidades que já assinaram a
Emenda nº 09, que busca trazer recursos para o convênio creches comunitárias.
Quero fazer a entrega oficial em nome das entidades.
(Procede-se à entrega do documento.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Feito o registro, Vereadora.
O Ver. Delegado Cleiton está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, colegas funcionários desta
Casa, público que aqui nos assiste, hoje começamos muito bem com debates
calorosos, com afirmações de suas lutas. É isso que se quer aqui nesta Casa: um
debate em que se afirmam posições. Inclusive, Ver.ª Jussara, eu fui um dos que
se manifestaram nesta tribuna quando pegaram os quadros de mulheres e tiraram
fotos obscenas, por assim dizer, como um tipo de ato de rebeldia que não
condizia com aquela juventude que estava aqui lutando e tentando impor uma nova
atitude no Brasil.
Hoje, eu venho aqui aproveitar este momento e
falar sobre uma campanha, a campanha pelos 16 dias de ativismo. Essa campanha,
aproveitando este espaço, fala sobre a violência contra as mulheres; é uma
campanha de extrema importância, realizada desde 1991 em 130 países. A Campanha
de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres busca
estabelecer um elo simbólico entre violência contra as mulheres e os direitos
humanos, enfatizando o fortalecimento da autoestima da mulher e seu
empoderamento como condição para romper com as situações de violência que
assolam, infelizmente, o mundo inteiro. E, no Brasil, nós temos, com o advento
da Lei Maria da Penha, uma diminuição com a atuação das delegacias, com a
atuação da Polícia Civil, da Brigada Militar, do Ministério Público,
Procuradoria, comunidades. Nós temos tentado diminuir essa violência que atinge
as mulheres.
Então, senhores, por mais que tenhamos razão,
quando se censura um ato político, como aconteceu ontem na Câmara, por mais que
se tenha razão, quando se censura um ato político, nós temos que respeitar as
mulheres e a opinião que está sendo colocada ali dentro, a opinião que está
sendo colocada aqui nesta Casa e em outras casas que são a Casa do Povo.
Então, quero aproveitar e dizer para todos os
senhores que nós estamos distribuindo, para os homens usarem, uma fitinha – eu
peço às mulheres que distribuam aos seus esposos, namorados, filhos –, para que
fique marcado, conscientizado que violência contra a mulher tem que dar um
basta! Basta à violência contra as mulheres. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Delegado Cleiton.
Esta Casa também quer registrar que, ontem,
dentro do seu espírito de cidadania, foi concretizada a eleição para o
Sindicato da Câmara Municipal. Duas chapas concorreram: a chapa nº 1, liderada
pelo seu Presidente Renato Guimarães, que fez 81 votos; a chapa nº 2, por Jorge
Luis Loss, com 162 votos. Então, ontem, já foi empossada a nova diretoria. E
aqui está o Jorge Loss, a quem queremos parabenizar e desejar bom êxito. Vou
ler a nominata (Lê.): ”Presidente: Jorge Luis Loss; 1º Vice-Presidente: Jerri
Gallinati Heim; 2º Vice-Presidente: Marcia Aparecida da Silva Almeida; 1º
Secretário: Lissandro César Bertaco; 2º Secretária: Maria Isabel Balado
Gamallo; 1ª Tesoureira: Edith Sartor Coiro; 2ª Tesoureira: Cláudia Marques
Nunes; 1º Conselheiro Fiscal-titular: Ivan Santos de Oliveira; 2º Conselheiro
Fiscal-titular: Rafael Mittelmann; 3º Conselheiro Fiscal-titular: Hailton Terra
de Jesus; 1ª Conselheira Fiscal-suplente: Elisabete Belloli Borba; 2ª
Conselheira Fiscal-suplente: Zaira Felipe Soutinho; 3ª Conselheira
Fiscal-suplente: Rosa Cristina Machline Harzheim.” Parabéns a toda a chapa e também
parabéns ao Renato Guimarães, que, durante seis anos, dirigiu o Sindicato da
Câmara.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que está conosco na
tarde de hoje e que já está há alguns dias nessa luta, buscando recursos para
as creches comunitárias, para a nossa Educação Infantil no Município de Porto
Alegre. Essa questão vem de longe. Tenho tido a oportunidade, minha cara Ver.ª
Sofia, de ser o Relator-Geral do Orçamento em Porto Alegre também a longo
tempo, até pela minha formação, e tenho, sem falsa modéstia, mudado a
conformação das emendas aqui, na Câmara de Vereadores, tentando alcançar,
Vereadores, comunidades que se esforçam na apresentação de propostas. E uma
coisa é a seguinte: o Fundeb, tanto se fala no Fundeb, é um fundo de recursos,
recursos esses que saem dos Municípios e vão para a União, como a grande
maioria dos recursos financeiros da União. Os recursos saem do Município,
depois voltam para o Município, e quem de nós não sabe, todos nós sabemos, que
a União concentra recursos lá e repassa muito pouco para os Municípios.
A disputa que estamos tratando aqui é uma das
mais importantes disputas para toda e qualquer cidade brasileira, que é, entre
aspas, a creche para as nossas crianças. E esse é um assunto que precisa e
merece uma atenção toda especial. Porto Alegre gasta R$ 49 milhões, meu caro
Presidente, mas arrecada da União R$ 42 milhões. Está errado esse cálculo. Quem
é o devedor para a creche? É a União, que bota dinheiro fora com corrupção, uma
tragédia nacional. Portanto, eu acredito que esse tema merece uma atenção
especialíssima da Câmara, e, para isso, Vereadora, apresentei uma proposta, de
formarmos uma Comissão Especial de Vereadores e Vereadoras para, imediatamente,
começar a tratar da questão na amplitude que ela precisa ser tratada. No
quesito Orçamento público, eu sou professor há mais de 40 anos, e o Orçamento
público não é uma imposição – repito, não é uma imposição – em que se coloca
recurso e o Governo gasta, mas é uma indicação, uma autorização para gastar.
Isso pode acontecer, hoje, no mês que vem, em março, em abril, em maio. E há
aquilo que se chama crédito adicional, Ver. Tarciso. Portanto, eu acredito que
é preciso uma discussão aprofundada da questão, com o respeito que todos nós
merecemos, essencialmente àqueles que se dedicam às crianças aqui do Município,
e mais essencialmente ainda à criança do Município de Porto Alegre, Ver.
Cecchim. Portanto, vamos tratar desse tema com a profundidade que ele,
efetivamente, merece, compreendendo que, se nós não colocarmos aqui, isso não
significa que nós não vamos botar recurso para o sistema de creche comunitária
conveniada. É preciso tratar do tema, aprofundá-lo, analisar valores e depois
ver qual o tamanho dos recursos que se colocaria ali. Portanto, o caminho é uma
Comissão Especial, na minha modesta visão, para encaminhar, definitivamente, a
questão e não necessitar de, a cada ano, fazer a mesma discussão sobre este mesmo
tema. Então, estamos convencidos de que este é o melhor caminho para a questão
e para que se trate com o maior respeito as pessoas que aqui estão e que estão
envolvidas, dedicando suas vidas às nossas creches comunitárias. Essa é a minha
proposta. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador. A Ver.ª Sofia Cavedon está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada,
Presidente. Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero, em poucos segundos,
prestar a minha plena e profunda solidariedade à Ver.ª Jussara Cony, às
mulheres parlamentares que têm sido atingidas pelo machismo quando lutam,
quando vêm para um espaço público – imaginem o que significa as mulheres no
espaço privado. Ver.ª Jussara, o nosso orgulho das mulheres comunistas! Nós,
inclusive, apresentamos uma Moção de Apoio, aqui, porque vários lugares estão
enfrentando esse machismo em Câmaras, sendo que é impensável que Vereadores se
comportem da maneira como temos visto.
Quero cumprimentar os ativistas, os artistas, o
SATED, que está aqui presente, maravilhoso, um grupo militante, construtor do
fortalecimento da cultura, que está construindo um belo acordo com os vários
Vereadores, com o Relator, para, minimamente, salvar os recursos da cultura,
para ter alguma expectativa para que nós possamos, de fato, garantir esse
direito, garantir que os nossos artistas tenham políticas públicas que deem
suporte ao seu talento, que é, no fim, a construção da nossa humanidade, da
nossa qualidade de vida.
Quero dedicar o resto do tempo ao tema que está
um pouco mais agudo – e aqui está a presença maravilhosa das educadoras e dos
educadores que atuam com a Educação Infantil comunitária na cidade de Porto
Alegre. Primeiro, quero dizer que é emocionante que essas entidades, senhores,
Ver. Mario Fraga, Vereadores da base do Governo, estão há um ano dialogando com
esta Casa; não foi uma invenção de última hora a emenda deles, emenda essa
assinada por 61 entidades, e, agora, assinada por mais 126 entidades que estão
lá na ponta atendendo as crianças, que lutaram e conquistaram, nesta Casa, uma
vaga no Conselho do Fundeb. E foi uma luta, porque a Prefeitura vetou. Esta
Casa, este Parlamento, muito diferente de muitos outros momentos, garantiu a
presença, a representação das instituições comunitárias no Conselho do Fundeb,
derrubando o veto do Sr. Prefeito, no início do ano passado. Temos que
reconhecer isso. E é sobre o tema das finanças que as entidades vêm se
organizando, porque elas lutam, são responsáveis por quase 20 mil alunos de
zero a cinco anos e sabem a grande dificuldade que enfrentam no dia a dia para
sobreviver e garantir dignidade e educação de qualidade para as nossas crianças
da periferia. E já é resultado da participação dessas instituições no Fundeb...
Nós conhecemos um pouco mais o que é o Fundeb. O Governo Municipal deixava,
ainda em 2011, R$ 14 milhões no Fundeb por conta do número pequeno de alunos.
Hoje o Governo Municipal recebe do Fundeb, porque as instituições infantis
conveniadas se organizaram, estão fazendo sacrifícios e botando seus alunos no
censo escolar. No entanto, o recurso não chega lá na instituição! Nem o mínimo,
conforme valor do Fundeb! Eu tenho aqui o relatório do Fundeb de 2011,
relatório aprovado com restrições pelo Conselho do Fundeb, cujos valores
recebidos foram de R$ 166 milhões; na prestação de contas, a parte encaminhada
para pagamento de creches conveniadas foi de R$ 8,4 milhões; R$ 38 milhões, com
folha de pagamento; R$ 109 milhões, para os profissionais do magistério; um
convênio com a Procempa, no valor de R$ 4,3 milhões – dinheiro do Fundeb! -; e
a compra da escola Santa Rosa de Lima, no valor de R$ 5,3 milhões. Ora, essa é
uma das possibilidades do uso do recurso do Fundeb. Vemos aí, só nesse espectro,
como a Educação Infantil comunitária, que é a principal política de atendimento
à Educação Infantil, prioridade do Município de Porto Alegre, é tratada.
Gostaria que os Vereadores se debruçassem num
cálculo importante. Porque a Prefeitura, ao vetar a Diretriz Orçamentária, usou
os dados errados, usou a creche parcial, só que nenhuma instituição comunitária
atende crianças em turno parcial, não é, gurias? Todas atendem em turno
integral, das 7 às 19 horas. Então, usar o valor de creche parcial pode ter sido
um equívoco do Governo. E ele orientou mal os Vereadores, dizendo que os
valores eram menores do que o estudo do Fórum das Entidades vem demonstrando.
Portanto, está provada a defasagem por aluno, em relação ao Fundeb: cada um dos
alunos recebe, a menos, R$ 309,00.
Eu encerro dizendo que a Emenda nº 09 foi
modesta, Ver. Airto, pois ela não pede os R$ 11 milhões que chegariam ao valor
Fundeb. A Emenda nº 09 trabalha com gradatividade, portanto R$ 2,5 milhões é
apenas 5% de recuperação. E eu peço, Sr. Presidente, que os Vereadores e
Vereadoras sinalizem ao Governo – nós aceitamos a Comissão –, mas sinalizem com
essa emenda, porque o Governo tem jogo, tem escolha de gestão para fazer o que
já foi apontado aqui.
É possível corrigir essa injustiça, é possível respeitar
esse conjunto de entidades, é possível garantir um atendimento mais
qualificado, menos penoso para as nossas entidades, sim, no Orçamento de 2015.
Então, nós contamos com o conjunto dos Vereadores para que façam essa
sinalização ao Governo. É uma recuperação apenas parcial, é uma generosidade
dessas entidades valorosas e guerreiras que protegem a infância.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h23min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2397/14 – PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/14, que estima a receita e fixa a despesa do Município
de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2015.
Com Emendas nos
01 a 125. Com Subemenda nº 01 às Emendas nos 03 a 06, 10, 12, 22, 34,
36, 44, 53, 69, 73, 86, 95 e 104.
Parecer:
- da CEFOR. Relator
Ver. Airto Ferronato:
1) Pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 03, com a Subemenda nº 01, de Relator;
04, com a Subemenda nº 01, de Relator; 05, com a Subemenda nº 01, de Relator;
06, com a Subemenda nº 01, de Relator; 10, com a Subemenda nº 01, de Relator;
11; 12, com a Subemenda nº 01, de Relator; 13; 14; 17; 18; 19; 22, com a
Subemenda nº 01, de Relator; 24; 25; 26; 27; 28; 29; 31; 34, com a Subemenda nº
01, de Relator; 35; 36, com a Subemenda nº 01; 37; 38; 42; 43; 44, com a
Subemenda nº 01, de Relator; 45; 46; 49; 50; 51; 53, com a Subemenda nº 01, de
Relator; 55; 57; 58; 59; 60; 61; 63; 66; 67; 68; 69, com a Subemenda nº 01, de
Relator; 70; 71; 73, com a Subemenda nº 01, de Relator; 75; 76; 77; 81; 82; 86,
com a Subemenda nº 01, de Relator; 89; 92; 95, com a Subemenda nº 01, de
Relator; 97; 98; 100; 104, com a Subemenda nº 01, de Relator; 106, 108; 109;
110; 111; 112; 113; 114; 115; 116; 117; 118; 119; 120; 121; 122; 123; 124 e
125, de Relator.
2) Pela rejeição das Emendas nos 01; 02; 07; 08; 09; 15; 16; 20; 21; 23;
30; 32; 33; 39; 40; 41; 47; 48; 52; 54; 56; 62; 64; 65; 72; 74; 78; 79; 80; 83;
84; 85; 87; 88; 90; 91; 93; 94; 96; 99; 101; 102; 103; 105 e 107.
Observações:
-
para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos
Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;
-
o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do
art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
-
para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição,
será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art.
120, VI, do Regimento da CMPA;
-
após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão
admitidas Emendas (art. 120, § 1º, do Regimento);
-
incluído na Ordem do Dia em 24-11-14;
-
discutiu a matéria o Vereador Idenir Cecchim em 26-11-14;
-
discutiram a matéria os Vereadores Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Dr.
Thiago, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Lourdes Sprenger, Bernardino
Vendruscolo (cedeu p/ Lourdes Sprenger), Sofia Cavedon e Jussara Cony, em
01-12-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLE n° 036/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 036/14.
(Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra encaminhar a votação da
Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Nós
destacamos esta emenda, eu e o Ver. Pedro Ruas, porque, evidentemente, existe
um processo de falta de habitação popular e de uma política real para habitação
no Município de Porto Alegre. Estão aqui vários dirigentes do movimento social,
lutadores das causas envolvendo as demandas dos bairros, questão da moradia, os
artistas, a luta pela educação infantil. E não é nenhuma novidade que o
Município de Porto Alegre, na prática, não tenha uma política concreta para
habitação social. São 54 mil inscritos no Minha Casa, Minha Vida, e menos de 2
mil casas entregues em seis anos! Não é em dois meses; é em seis anos de
Governo! São 52 mil pessoas que sequer têm acesso aos seus processos por que
não estão contemplados nos poucos equipamentos do Minha Casa, Minha Vida de
zero a três salários mínimos. Aliás, política habitacional que tem sido
comandada pelas empreiteiras no Brasil! Se, por um lado, a política do Governo
Dilma foi de financiamentos para aquisição da casa própria, num processo em que
as empreiteiras comandaram o negócio, por outro, houve um bum da especulação
imobiliária, e todo mundo sabe que morar está ficando mais caro, de dez anos
para cá. A inflação é exorbitante, o preço dos aluguéis, o preço para aquisição
de imóveis; e o de zero a três é praticamente inexistente nos Municípios. Mais:
nós temos um processo em que, mesmo os poucos projetos habitacionais que não
saem do papel, o Município não cumpre. O Governo Fortunati faz contrapartidas
exigidas no Termo de Compensação Ambiental. Mais: nós temos um processo da
especulação imobiliária comandando esta Cidade, porque as áreas ficam ociosas,
porque eles ganham especulando. Foi assim no projeto que mexeu nos esqueletos
do Centro, um verdadeiro escândalo há mais de dez anos, os prédios abandonados
no Centro da Cidade, quando era para o Governo exigir o cumprimento da função
social da propriedade, desapropriar esses prédios, transformá-los em habitação
popular; mas, não, deu um presente, financiou a especulação imobiliária dando
benesses àqueles que despopularam
com o direito à moradia. Nós não aceitamos! Nós, do PSOL, estamos junto com o
povo, mídia, lutando pela habitação
popular, lutando junto para que haja um processo que transforme as áreas
ocupadas em Áreas de Interesse Social, para que a conquista de um direito
humano fundamental, que é o direito à moradia, seja garantido. Isso está lá na
Constituição, está na Lei Orgânica, e que tem no Estatuto das Cidades um
mecanismo, um instrumento que não é cumprido pelos governos, que preferem
seguir negociando como se fossem imobiliárias, vendendo os terrenos nas áreas
nobres e financiando a especulação enquanto o povo não tem onde morar. Por
isso, eu e o Ver. Pedro Ruas fizemos essa emenda, para gravar recursos no
Orçamento para que haja o processo de regularização, para que tenha dinheiro
para fazer os estudos topográficos e avançar no processo de regularização
dessas áreas, para que haja instrumento previsto no Orçamento para garantir
habitação, as reintegrações de posse que estão aí. E nós sabemos que é uma
vergonha, que enquanto não há saúde, não há educação, não há política
habitacional, rapidinho, há muita Brigada para tirar mães de família,
trabalhadores e trabalhadoras dos seus locais de moradia, a mando, evidentemente,
dos governos e do Judiciário, que muitas vezes concede a reintegração de posse
na celeridade, muito dos juízes, e esses mesmos juízes não usam a sua caneta
para exigir que a terra cumpra a função social que está prevista na
Constituição.
Então, nós estamos lutando por essa emenda e
sabemos que o Governo quer rejeitar, porque está na orientação do Governo
rejeitar essa emenda! E qual vai ser a política de habitação para as 24
ocupações urbanas na cidade de Porto Alegre? Para os 52 mil inscritos no Minha
Casa, Minha Vida que ainda não receberam uma política habitacional? Para os
moradores, para as pessoas de situação de rua, que têm aumentado drasticamente
na nossa cidade e que não têm políticas transversais para garantia de moradia,
de trabalho? E mais, querem fechar o único equipamento educacional do Município
para as pessoas em situação de rua, que é a Escola Porto Alegre, e nós também
estamos protestando e lutando contra essa arbitrariedade da SMED! Mas o que não
dá para aceitar é a injustiça! E o Orçamento precisa estar vinculado às
necessidades do povo que mais precisa dos recursos públicos. Por isso nós
chamamos todos os Vereadores e Vereadoras para votar a favor da Emenda nº 02,
sinalizando para as ocupações urbanas que a Câmara de Vereadores está preocupada
com o processo de regularização fundiária. Se o Governo não vai cumprir com o
que deveria ser a sua obrigação, nós podemos dar o recado, nós podemos gravar
no Orçamento e nós podemos lutar, lado a lado, com as ocupações urbanas para
que morar deixe de ser um privilégio, para que morar seja um direito na cidade
de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora. Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Paulo Brum, a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 036/14.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 11 votos SIM e 14 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 06, destacada, ao PLE nº
036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, nós vamos modificar a
posição que tivemos no Relatório, vamos votar “sim” para a emenda e “não” para
a minha subemenda. Portanto, aprovaríamos a emenda da Ver.ª Fernanda Melchionna
e rejeitaríamos a minha subemenda. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, a Emenda nº 06, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 25 votos SIM.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 06 ao PLE nº 036/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADA.
Em votação a Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: A
nossa emenda vem no sentido de garantir, de fato, o direito dos estudantes, dos
desempregados, na perspectiva de garantir uma reivindicação do movimento
estudantil, uma reivindicação dos jovens que ocuparam as ruas nas jornadas de
junho do ano passado. No auge das mobilizações, vários parlamentares e governos
sinalizaram com medidas concretas para melhorar o transporte público, mas, logo
após o processo de mobilização, os projetos estão na gaveta, Ver. Pedro Ruas. É
o caso do Passe Livre Estudantil. No Senado havia um projeto que tratava do
Passe Livre Estudantil, mas ninguém sabe, ninguém viu, depois que a mobilização
arrefeceu. Um dos cinco pactos feitos pela Dilma durante o processo de
mobilização incluía mais verbas para a saúde, incluía mais verbas para
transporte, e nós vemos que as cidades seguem com problemas estruturantes no
transporte coletivo. O metrô, a cada ano, se distancia; parece que o cara dá um
passo no sentido e vai dois anos para frente. Quando assumi o primeiro mandato,
em 2009, o metrô era cogitado para a Copa de 2014, depois foi para 2015 e,
agora, está para 2017, enquanto a situação do transporte coletivo de massas
leva a gente a ver que as cidades vivem uma verdadeira imobilidade urbana,
porque as pessoas andam como sardinhas enlatadas nos horários de pico, porque
os ônibus atrasam 40, 50 minutos diante da pouca frota do transporte coletivo
para garantir que os horários sejam cumpridos, e os rodoviários, os
trabalhadores são massacrados nesse processo, Ver. Paulinho.
Nós vemos aumentar a lógica de investir no
transporte individual em vez de investir no transporte coletivo de massas. E
nós vemos que os movimentos, como foi o caso da ocupação dos movimentos à
Câmara, quando reivindicaram um indicativo que aumentasse a transparência da
planilha do transporte coletivo, quando indicaram ao Governo Fortunati avançar
no passe livre estudantil, o governo mais uma vez fez ouvidos moucos para a
reivindicação dos jovens, os governos e parlamentos seguem mudos, cegos e
surdos diante da luta do povo por mais direitos. Só com o fortalecimento do
movimento social, com o aumento da correlação de forças em defesa dos
trabalhadores e da juventude é que poderemos mudar esse quadro dramático de
conluio de meia dúzia de empresas que comandam o transporte coletivo em Porto
Alegre num verdadeiro cartel – não tem outro nome. O que eles fizeram com o
processo de licitação, que tinha muitos problemas na minha opinião, porque eu
defendo o transporte 100% público... Eu e o Ver. Pedro Ruas fizemos, junto com
os movimentos sociais, uma série de indicações nesse processo de licitação,
como a cobrança dos milhões que eles ganharam ilegalmente, como a retirada das
concessões das empresas inidôneas que compram e vendem as licenças por dentro
de um sistema ilegal de transporte. Nós defendemos a garantia do trabalho dos
rodoviários, defendemos no sentido de que a licitação não significasse
desemprego para uma categoria valorosa que vem sendo arrochada ao longo dos
anos.
Mas, independentemente das nossas críticas ao
processo de licitação, um fato é claro: houve um cartel em Porto Alegre que
orientou a não participação no processo de licitação. A segunda licitação foi
deserta, porque eles se acham acima da lei, porque querem continuar comandando
o transporte coletivo, roubando o dinheiro do povo, como foi o caso dos R$ 0,20
cobrados a mais em 2012. Vinte centavos a mais em cada passagem, porque eles
calculavam os ônibus que estavam estacionados na garagem como se estivessem
rodando. Setenta e dois milhões de dinheiro que nunca vai voltar para o bolso
do povo, porque o Governo não cobrou com sua caneta. Nós fizemos ações
judiciais, mas infelizmente não tivemos o retorno de nenhum centavo. E eles
querem seguir com essa lógica. Nós queremos a criação de um fundo, um fundo que
avance em direitos, um fundo para que a gente possa conquistar o passe livre
estudantil, e para os desempregados também. Como vai ter dinheiro para ir
procurar trabalho se a pessoa está desempregada? Vai fazer entrevista de
emprego com que recurso? É preciso ter políticas que avancem e permitam o
acesso ao trabalho, e o passe livre para os desempregados é parte dessas
políticas. Nós precisamos de um fundo também para avançar nestes modais. É mais
do que hora de expandir a Carris, cobrar esses milhões devidos dos indícios de
superfaturamento nos pneus, indícios de superfaturamento no óleo diesel,
indícios de superfaturamento no valor dos ônibus. É hora de cobrar esses
recursos no sentido de rumar ao transporte 100% público. Não é possível que o
povo continue sendo refém de um cartel. Nós precisamos fortalecer a luta dos
trabalhadores e da juventude, para que a gente conquiste o passe livre e
conquiste um transporte barato, de qualidade, acessível, e que, sobretudo,
respeite seus trabalhadores. Por isso nós encaminhamos pela aprovação da nossa
Emenda, que é um caminho, um passo pequeno, é a criação de um fundo municipal
do passe livre. Basta cortar alguns CCs do cabide de empregos e será possível
financiar o fundo municipal do passe livre. É um pequeno passo numa verdadeira
revolução que precisamos fazer no transporte coletivo em Porto Alegre.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Ver. Mauro Pinheiro, na presidência dos trabalhos; Ver.ª Fernanda; senhoras e
senhores, vim apoiar, em nome da minha Bancada, a Emenda que repassa fundo ao
passe livre. Quero aqui não trabalhar com a crítica que V. Exa. já fez muito
bem a tudo o que visualizamos no transporte coletivo, mas quero dizer que essa
é uma demanda antiga dos estudantes. Foi um dos dois projetos que resultou na
ocupação da Câmara, da saída negociada; um deles é a transparência, o outro é a
proposta do passe livre, encaminhada ao Prefeito Municipal. Em Porto Alegre,
nós já temos o passe livre para os estudantes, nós temos o Vou à Escola, em
todo Ensino Médio, que as entidades conhecem bem. E quem paga essas passagens é
o Orçamento da Educação, para seis ou sete mil crianças do Ensino Fundamental.
Nós temos o passe livre, o Vou à Escola, para o Ensino Médio, Ver.ª Lourdes,
nós votamos, nesta Casa, o Governo Municipal e o Governo do Estado fizeram
convênio, há três anos, o Governo Tarso assumiu o desafio. O Governo Municipal
fornece as passagens para os alunos do Ensino Médio, até meio salário mínimo per capita, que é uma renda muito
baixinha para a família, mas todos que estão nesta faixa, que requerem a
passagem gratuita, na escola, têm recebido. E o Governo do Estado passa
recursos para a Prefeitura para os alunos do Ensino Médio. Nós entendemos que o
passe livre para o Ensino Médio deve ser ampliado rumo ao passe livre geral,
que é a luta dos estudantes. Temos aqui projeto de lei, Ver.ª Fernanda
Melchionna, mudando os critérios, passando para um salário mínimo e meio, para
o mesmo critério do ProUni, e aí vai pegar uma faixa muito maior da nossa
juventude que está indo para o Ensino Médio. E para isso, precisamos de mais
recursos. Claro que não é o Município que tem que arcar com os recursos do
Ensino Médio. Nós vamos seguir fazendo o debate. O Estado hoje financia quase
duas mil passagens gratuitas para o Ensino Médio em Porto Alegre, e nós
queremos que o novo Governo amplie o passe livre para o Ensino Médio em Porto
Alegre. Rumo ao passe livre estudantil que o Governo Tarso já implementou e que
vale, por enquanto, para os estudantes que se deslocam de uma cidade para
outra, em convênios com cidades do Interior, mas não vale para Porto Alegre.
Então, colocar recursos significa incrementar uma política extremamente
necessária para que não haja barreira para que os nossos estudantes possam
ocupar as suas vagas no Ensino Médio e na Universidade, nos seus percursos
educativos.
Nós temos uma
nova legislação, e eu quero falar dela. A legislação que o Plano Nacional de
Educação e a Emenda nº 59 à Constituição já estabeleceram, há alguns anos, de
obrigatoriedade, de alteração da obrigatoriedade e da frequência à educação, à
escola. A partir de 2016, será direito e obrigação de todas as crianças, adolescentes
e jovens, de quatro a 17 anos; então, daqui a um ano, Ver. Mario Fraga, será
obrigatória a frequência escolar dos quatro aos 17 anos. Para nós conquistarmos
isso, duas pontas ainda precisam de suporte: a Educação Infantil, os 4 e os 5
anos, e aí entra o debate que nós vamos fazer em seguida com as instituições
infantis comunitárias, que hoje a grande maioria do atendimento em pré-escola é
feita através dessa preciosa parceria, e nós precisamos ampliar. Ontem a SMED
informava, na CECE, na Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude, que
44 creches serão construídas pelo Governo Federal em Porto Alegre. No ano que
vem, cinco serão entregues no primeiro semestre e, segundo a SMED, mais dez no
segundo semestre. Nos próximos quatro anos, não foi posto um prazo muito
preciso, chegaremos a 44 instituições de Educação Infantil novas. O Governo vai
fazer a ampliação combinada, algumas serão EMEIs, escolas infantis próprias,
mas, pelo que eu vi, a maioria será conveniada. Portanto, para cobrir não só a obrigatoriedade
como o direito da infância de estar protegida, de estar se desenvolvendo
integralmente, a política, o convênio das creches comunitárias vai continuar.
Portanto, nós não podemos desprezar o apelo à mobilização desse conjunto de
entidades que dizem que continuar nesse modelo é muito sacrificado, é pagar
muito mal os educadores, é ter uma itinerância nos educadores, é não ter a
formação adequada para atender essas crianças. Continuar no modelo, no atual
volume de recursos, é penalizar quem já faz muito com muito pouco. Então, essa
ponta nós vamos suprir com o incremento de recursos na Educação Infantil. É
inevitável, é necessário, e nós temos que começar a ordenar diferenciadamente o
Orçamento Municipal.
Na outra ponta, no Ensino Médio, as políticas
são várias outras, não é vaga apenas. Todos
nós sabemos que estrangulamento de vaga no Ensino Médio tem no primeiro ano; no
segundo e no terceiro ano tem vaga em todas as escolas de Ensino Médio. Na
Lomba do Pinheiro, em que só a Escola Estadual de Ensino Médio Rafaela Remião
atende Ensino Médio, não tem vaga no primeiro ano, agora, a essas alturas do
ano, até tem, mas no segundo e no terceiro anos tem, porque a gente enfrenta a
desistência dos nossos jovens, a evasão, a reprovação, a ida precoce para o
trabalho, ao lamentável envolvimento com o crime organizado, à lamentável
gestação precoce das meninas, e aí o abandono da escola. Portanto, há
dificuldade da família de bancar o deslocamento, bancar uma roupa mais
adequada, porque, se o jovem tem que se deslocar da Lomba do Pinheiro até o
Instituto de Educação, ele está constrangido pelas suas condições, pelas suas
dificuldades com a outra região, com os outros jovens, com o outro perfil.
Então os desafios do Ensino Médio são muito grandes. Portanto investir no passe
livre é uma das medidas necessárias para a readequação ao que a gente considera
não uma obrigação, mas uma grande conquista e um marco na educação brasileira.
A Educação Infantil veio para a educação básica, a Educação Infantil veio para
ficar. E a Educação Infantil tem que ser a educação no mesmo grau, na mesma
qualidade, na mesma valorização dos seus educadores, no espaço físico, com
recurso para os insumos, para a alimentação, para o material pedagógico. Então
as duas pontas se unem nesses dois debates. A nossa aprovação ao passe livre e
a nossa força para a Emenda nº 07, a nossa força para as entidades
comunitárias.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação das Emenda nº 07,
destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu quero, antes de mais
nada, pedir perdão à Casa por vir discutir esse tema. Seria absolutamente
inconcebível que eu entendesse que os colegas da Casa já não estivessem
esclarecidos nessa matéria. Ver. Nereu, se eu venho à tribuna é para que não
pareça, perante a opinião pública, que a gente vota contra apenas por não
simpatizar com a autora, que não é o caso concreto. Sem sombra de dúvida, não
há como se superar a inconstitucionalidade da matéria. Todos nós sabemos que
não se cria um fundo através da Lei Orçamentária. É impossível de ser criado, a
lei não permite! Se o Prefeito sancionar uma lei dessas, ele periga, na
hipótese de aprovada, até ser responsabilizado, porque é impossível isso
ocorrer. Na Peça Orçamentária se discute outro assunto, não isso. O tema do
passe livre é um tema atual neste País. Só acho que, no caso aqui, ele está mal
inserido no contexto, uma lei complementar teria que regular essa matéria. E,
certamente, a diligente Ver.ª Fernanda Melchionna vai tentar obter a aprovação
dessa lei, e nós iremos discutir, porque ninguém vai ser contrário a que os
estudantes tenham gratuidade na sua passagem para estudar. Ora, quem pode ser
contrário a isso? O que nós vamos discutir é quem vai pagar por essa
gratuidade. Não podemos ficar eternamente criando novos benefícios sem ter
fonte, e é o que a análise técnica nos dá aqui: as fontes indicadas pela autora
estão completamente exauridas, não tem como satisfazer. Então, aprovar uma
proposta dessas é para ela não ser executada. O Município já mantém hoje um
programa devidamente instituído, em que cerca de R$ 1 milhão por ano é gasto
para os alunos da rede pública municipal serem gratuitamente conduzidos, serem
transportados quando estudam longe da sua residência. E o Município, ou seja, o
Erário municipal, o contribuinte municipal paga por isso. Essa é a fonte do
recurso que foi utilizado para instituir esse programa. Fonte: Tesouro
municipal, dentro de uma forma regular, Ver. João Bosco.
Então, senhores, eu tomei um pouco do seu tempo
apenas para ficar muito claro, Ver. Valter Nagelstein, que nós sabemos por que
vamos votar “não”. Vamos votar “não” porque não é possível legalmente,
materialmente, se aprovar uma matéria como essa, com todo o respeito à autora,
que, certamente, vai continuar com a sua luta pelo passe livre, pelo fórum
competente, e não lhe falta garra nem entusiasmo para tanto. Por enquanto,
Ver.ª Fernanda, não é por aí, nosso voto é contrário.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; a Emenda cria o Fundo do
Passe Livre Estudantil para Porto Alegre. A questão do passe livre no País é
uma discussão que vem de longe, e ela tem na Deputada Luiza Erundina, do PSB, o
meu Partido, o esteio dessa disputa. O nosso candidato que tragicamente
faleceu, o Presidente Eduardo Campos – candidato a Presidente –, tinha, no seu
programa, a instituição do passe livre para todo o País, suportado com dinheiro
da União. Essa era a proposta do nosso candidato Eduardo Campos: passe livre
com recurso financeiro da União.
A Lei Orçamentária, definida pela própria
Constituição federal, fixa a despesa e estima a receita. Então, se o Governo
estima R$ 6.175.000.000,00 para o Orçamento de Porto Alegre – e estamos
estimando –, ela fixa a despesa em, no máximo, R$ 6.175.000.000,00. A Ver.ª
Fernanda sabe disso, a própria Constituição diz que, na Lei de Orçamento Anual,
não se pode, Ver. Villela – V. Exa. sabe muito bem –, colocar matéria estranha
à estimativa de receita e fixação de despesa. Portanto, propor a criação – e a
Ver.ª Fernanda, repito, sabe disso, ela destaca, e nós respeitamos uma
discussão política do tema, mas ela sabe disso – não é possível, é
inconstitucional criar um fundo financeiro pela Lei Orçamentária. Aliás, sobre
a questão de lei específica, o Ver. Pujol já falou.
Portanto, nós estamos aqui dizendo que não é
possível nós votarmos favoravelmente à emenda. A discussão é importante, agora
estamos aí. Fiz um parecer contrário à emenda por esta razão, que é uma razão
insanável. Portanto, estamos pedindo a todos, inclusive à oposição, que votemos
contra a emenda, já que ela não tem como ser aprovada na Lei de Orçamento Anual
do Município. E vou repetir: ao passe livre somos completamente favoráveis,
totalmente favoráveis. É uma bandeira, inclusive, da maioria dos Partidos, mas
capitaneada pelo PSB e com recursos da União. Recursos para financiar o passe
livre pela União, e não pelos Municípios, que já estão sobrecarregados de
tarefas, encargos, despesas, gastos e, cada vez menos, retornam recursos de
Brasília, o que é um lamentável e profundo equívoco. E aqui não estou
criticando o Governo atual. Eu trabalho na fiscalização e com finanças públicas
há 30 anos, e faz 30 anos que os recursos vão para a União, e volta muito pouco
para os Municípios brasileiros. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14, pela
oposição.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Bem
brevemente, queria agradecer primeiro à Ver.ª Sofia e aos Vereadores do PCdoB
pela cedência do tempo. Queria dizer Ver. Ferronato, Ver. Reginaldo Pujol, que,
quando os Governos não querem aprovar e avançar em direitos, em geral o
discurso é o da inconstitucionalidade. Esse discurso eu vou refutar
veementemente. Inconstitucional é comprar, a partir das emendas parlamentares
do Congresso Nacional, a base de
apoio do Governo. Isso é uma vergonha, é um escândalo completo e está no
decreto que agora está sendo discutido; é a legalização da política do toma lá
dá cá. Isso eu acho que pode e deve ser criticado. Aliás, não foi agora, desse
decreto; foi uma regra estabelecida ao longo dos Governos, desde o Governo dos
tucanos, a ideia de manter a sua base de apoio a partir da troca das emendas e
liberar os recursos para os amigos do rei, para os Parlamentares que votassem a
favor dos pacotes de maldade, que, muitas vezes, os Governos mandam para os
Parlamentos. Inclusive são esses, Ver. Tarciso, que são financiados com o
dinheiro sujo, como é o caso do mensalão, que começou lá na época da reeleição
do Fernando Henrique Cardoso. Não foi o PT que inventou, mas o PT assumiu o
mesmo método de fazer política. Peço desculpas porque não era esse o debate que
eu queria trazer a esta tribuna, acabei entrando em função do discurso da
inconstitucionalidade.
Obviamente é constitucional a criação de um
fundo para discutir um direito, como estão no Orçamento questões fundamentais
como o Vou à Escola. Tem que ter previsão orçamentária para garantir o passe
livre para os estudantes que têm esse direito a partir do Vou à Escola, um
projeto importante, que está estacionado em seis mil alunos. A população de Porto
Alegre cresce, e, infelizmente, a desigualdade se mantém, a pobreza segue
grande, mas o número de alunos que utilizam o Vou à Escola permanece pequeno
para a quantidade de estudantes que mereceriam o direito de ter o seu passe
garantido para não se evadir da escola.
Hoje, nós lançamos um trecho do Mapa de
Segurança Pública feito pela Comissão de Direitos Humanos. São 6.400 evasões de
Ensino Fundamental e de Ensino Médio, e muitas acontecem porque os jovens não
têm dinheiro para pagar a passagem, dinheiro para poder ir para a escola.
Então, é responsabilidade dos Governos, que preferem botar dinheiro em
publicidade, em cargos em comissão, na terceirização, nas obras faraônicas da
Copa, tudo está sendo pago pelos nossos jovens, pelas crianças que estão saindo
da escola! Nós não podemos aceitar esse discurso da inconstitucionalidade. Nós
vamos manter a nossa emenda e esperamos que fique claro, no painel, para o povo
da nossa Cidade, quem está junto com a reivindicação dos estudantes porque,
durante as jornadas de junho, muitos falavam sobre o passe livre, vozes até
então nunca pronunciadas em relação ao transporte
coletivo. Mas mal o povo saiu das ruas, voltou a mesma prática corriqueira de
não avançar nos direitos sociais. Nós sabemos que o fundo é pequeno,
insuficiente perto da quantidade de jovens de Ensino Médio e dos desempregados
de Porto Alegre. Mas tem que começar essa política de algum lugar. Tem que
começar pela União, pelo Governo Estadual e pelo Governo Municipal. Nós
criticamos o Governo Tarso porque esse passe livre estudantil que eles criaram
no Estado é meio fajuto. Precisava ser mais amplo, precisava atender ao
conjunto dos estudantes que precisam se deslocar de uma cidade para outra e não
uma série de critérios em que pouquíssimos se enquadram e muitos sequer sabem
como acessar esse direito. Não adianta o jogo de empurra, porque, se o Governo
Federal não faz, então o Governo Municipal também não faz. Isso é uma cantilena
enfadonha dos governos e dos parlamentos, e, enquanto isso, o povo segue sem
direitos. Nós precisamos avançar.
A Erundina, em 90, por exemplo, foi uma das que
fez o debate da Tarifa Zero, um debate fundamental que precisa voltar a ser
discutido no Brasil. Colocar o transporte coletivo como parte dos direitos
humanos fundamentais, como parte da saúde, da educação, da assistência, taxando
os vazios urbanos, os ricos, no sentido de sobretaxar a especulação imobiliária
para garantir direitos e colocar o transporte na cesta de direitos. São debates
fundamentais, mas alguém tem que dar o primeiro passo. Não adianta ficar no
jogo de empurra. Não adianta dizer que a discussão é técnica e não política,
quando, na verdade, estamos discutindo política, sim! E nesse caso do passe
livre e do Governo Municipal de Porto Alegre, estamos falando da falta de
política do passe livre para os estudantes e para os desempregados.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir a Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14, pelo Governo.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, amiga
e competente Ver.ª Fernanda, fecho, praticamente, em 100% com o que V. Exa.
disse, praticamente com tudo. Nós, do PSB, somos os timoneiros do passe livre.
E concordo que o PSOL tem feito um trabalho importante nessa direção. O passe
livre é uma bandeira do PSB, constou do nosso programa de Governo. A bandeira é
do PSB, e nós estamos, agora, com
uma série de partidos conosco. A única coisa que eu discordo de V. Exa., – bom,
não vou falar mais da emenda, V. Exa. sabe, nós vamos derrotar em razão da
questão jurídica –, eu só discordo, a minha divergência é no financiamento do
passe livre. Meus caros jovens que aqui estão, nós não podemos empurrar a conta
para o Município; a conta é da União. Quem deve financiar o passe livre é o
Governo Federal, a União. E é por isso que eu quero registrar que a única
divergência que tenho com a Ver.ª Fernanda é essa: A Ver.ª Fernanda propõe que
o passe livre seja financiado pelo Município, e a nossa proposta de Partido é
que a União financie. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, ainda há
pouco eu assinei na CUTHAB um projeto do Líder do Governo, Ver. Mario Fraga,
que institui a isenção de passagem para as crianças da Rede Municipal de Ensino
– menores, acima de 4 anos de idade. Um projeto que assinamos com muita
vontade, com muito carinho, um projeto que, costumamos dizer, assinamos com
prazer, porque nos engrandece por sermos membros desta Casa. E também a gente
vê os índices apresentados pelo DIEESE e pelo Governo, nos quais a cada dia que
passa diminui o número de desempregados em Porto Alegre. Diminui bastante o
número de pessoas desempregadas em Porto Alegre. Então, se um Líder do Governo
apresenta um projeto nesta Casa, Ver.ª Fernanda, propondo a isenção de passagem
– o Ver. Mario Fraga apresenta esse projeto –, e a Prefeitura gasta muito em
propagandas dizendo que cada vez mais diminuem os índices de desemprego, por
que não aprovar, já que está diminuindo o índice de desemprego e o próprio
Governo quer dar a passagem de graça para as crianças? Por que não aprovar essa
passagem de graça? Será a passagem que nós vamos dar para um setor que não
existe, já que não existem desempregados em Porto Alegre! Por que não dar
passagem aos desempregados? Nós vamos dar um benefício para algo que não
existe. É como darmos passagem de graça para pessoas com duas cabeças, nós
podíamos dar! Então, vamos dar passagem de graça para desempregados, que é uma
coisa que quase não existe em Porto Alegre. Os índices dizem isso. Porto Alegre
tem o menor índice de desempregados. Então, nós vamos comprovar isso dando
passagem de ônibus de graça para pessoas desempregadas em Porto Alegre.
Agora, fala-se muito em cumprir lei. Muito!
Usa-se, aqui, este microfone para falar em lei! Mas a própria Prefeitura não
cumpre a lei quando paga hora extra para CC e FG, que a lei diz que é proibido.
A Prefeitura gasta milhões pagando hora extra para CC e FG, e a lei diz que é
proibido. A Prefeitura disse que iria diminuir o número de CCs e de FGs,
principalmente de CCs, e não diminuiu, pelo contrário, acho que ampliou o
número de CCs e FGs.
Então, usarmos a lei quando interessa, quando é
para se tirar direitos ou para não se dar conquistas às pessoas, é muito bom.
Agora, quando é para cumprirmos, quando é para não fazermos trenzinho da
alegria; quando é para não beneficiarmos cargo de confiança, pagando hora
extra; quando é para não beneficiarmos cargos de confiança, dando benesses;
quando é para não enchermos as Secretarias com muitos estagiários... Aqui, na
Câmara mesmo vamos ter que extinguir os nossos estágios; agora, na Prefeitura
tem Secretarias que funcionam com mais de 70% de estagiários. Então, eu acho
que, como diz um ditado popular: “casa de ferreiro, espeto de pau”. Fala-se
muito em lei, mas a questão do passe livre é uma reivindicação nacional. A
questão do passe livre é uma reivindicação que vem tomando as ruas. Esse
dinheiro podemos tirar de várias fontes, e uma dessas fontes – eu já falei aqui
– é a publicidade. Pode-se tirar da publicidade, pois se gasta muito com ela.
Poderia se tirar esse dinheiro da isenção que se deu aqui na questão do
transporte no ano passado, e não se teve um benefício no sistema de transporte
de Porto Alegre. Então, nós encaminhamos, em nome do nosso Partido, para votar
favoravelmente à emenda da Ver.ª Fernanda Melchionna.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Professor Garcia reassume a presidência
dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador. Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel, a Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
REJEITADA por 09 votos SIM, 14
votos NÃO e 01 ABSTENÇAO.
(Manifestação nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Comunico aos Srs. Vereadores e às Sras.
Vereadoras que na próxima quarta-feira faremos a eleição para o nova Mesa
Diretora de 2015.
Em votação a Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu venho aqui defender uma
emenda que, no passado, foi discutida e apresentada na Comissão, pelo Relator e
pelo Governo, tendo sido aprovada por esta Casa. No ano passado, a Emenda era a
de nº 13, e, neste ano, teve a Subemenda nº 01, do Relator. Este ano, nós,
seguindo a subemenda do ano passado, apresentamos uma emenda que prevê a
abertura dos postos de saúde até às 22h. E, para nossa surpresa, o Relator
rejeitou a nossa emenda, e nem discutimos, nem se abriu uma janela para
fazermos uma discussão e uma subemenda nessa questão que tem sido essencial
para o povo de Porto Alegre, que tem sido essencial para população de Porto Alegre,
que tem ocupado as páginas dos jornais e noticiários, que é a questão da saúde.
Essa emenda propõe a abertura dos postos de saúde em algumas regiões de Porto
Alegre até às 22h. Ela é uma emenda que propõe R$ 1 milhão, e o Governo diz
que, para essa emenda, não tinha de onde sair o dinheiro, alega que não tinha
previsão. Só que nós fizemos a emenda igual ao Governo fez no ano passado! E o
Governo diz que não tinha dinheiro, só que o Governo, nessa área da Saúde,
aumentou os gastos em publicidade! O Governo, na área da Saúde, gasta 16% a
mais em publicidade! Em publicidade, para dizer que os postos vão fechar no
feriado, para dizer que os postos vão fechar no fim de semana, para dizer que a
campanha de vacinação não vai ser feita pelos agentes de saúde da família, para
dizer que o posto de pronto atendimento da Cruzeiro vai estar fechado, porque
houve um assassinato lá dentro, para dizer que a unidade básica de tal lugar
fechou, porque teve um curto circuito; e aí o Governo não destina R$ 1 milhão
para a Saúde, mas destina R$ 35,8 milhões para pagamentos de horas extras e
para CCs e estagiários. E foi auditado pelo Tribunal de Contas do Estado, que
diz que viu a irregularidade, porque pagou o que não era devido, porque hora
extra só é devida a funcionário de carreira, a funcionário concursado do
Município.
O Governo não tem dinheiro para a Saúde, não tem
R$ 1 milhão para a Saúde. Na semana passada, aqui nesta tribuna, o Secretário
da Saúde disse que a Saúde precisa de dinheiro. Nós entregamos aqui, no ano passado,
mais de 100 mil assinaturas pedindo postos de saúde. É notícia, toda semana, a
necessidade de saúde. Na COSMAM, toda semana, tem usuários, tem funcionários da
saúde pedindo dinheiro. E o Governo não quer dar R$ 1 milhão para abrir os
postos de saúde para a população de Porto Alegre.
Este Governo envergonha a população de Porto
Alegre. Este Governo, que diz que é amigo das crianças, este Governo que diz
que é amigo do povo, este Governo faz mal para o povo, faz mal para a
população; este Governo, que gasta milhões em publicidade, como foi auditado
pelo Tribunal de Contas, gasta milhões em pesquisas, não quer tratar o seu
povo, não quer investir em saúde, não quer investir no seu povo; este Governo,
que gasta dinheiro – nós vamos provar no decorrer desta Sessão – em farras,
este Governo que gasta dinheiro em bailes a fantasia, como se viu na CPI da
Procempa, não quer dar dinheiro para a saúde do povo.
Então, nós pedimos aos Vereadores que votem a
favor da saúde, que votem a favor da Emenda nº 08, que votem a favor de que 17
postos de saúde em Porto Alegre abram até às 22h, que votem a favor da
população de Porto Alegre. Dinheiro para isso tem! Nós estamos apresentando a
mesma emenda que o Governo apresentou no ano passado, nem uma vírgula a mais ou
uma vírgula a menos.
Se o Governo quer retaliar este Vereador, que
retalie este Vereador, não a população de Porto Alegre. O povo não tem nada que
ver com isso, o povo não tem cor, o povo não tem time, o povo não tem nada que
ver com isso. Se às vezes eu faço bem para a população e mal para o Governo,
não faço o povo sofrer. Não fechem os postos de saúde, liberem os postos de
saúde. Se querem fazer mal para este membro do Parlamento, se querem fazer mal
para este representante do povo de Porto Alegre continuem fazendo o que estão
fazendo; eu sou como pão, quanto mais batem, mais eu cresço, literalmente!
Por favor, aprovem esta emenda e beneficiem a
população de Porto Alegre, que não tem nada que ver com o que eu faço aqui
nesta Casa, que não tem nada que ver com as minhas posturas e posições nesta
Casa a favor do povo de Porto Alegre. Não prejudiquem o povo por causa das
posturas deste Vereador. Votem a favor do povo, votem a favor da abertura dos
postos de saúde até às 22h.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver. Clàudio Janta, eu ouvi com
bastante atenção a manifestação de V. Exa., e essa luta pela abertura dos
postos de saúde 24 horas em Porto Alegre é uma luta interessante e que merece
todo o nosso respeito. Agora, o Ver. Janta apresentou uma emenda, uma só: ele
propõe recursos para a implantação de postos de saúde 24 horas, coloca recursos
para postos de saúde 24 horas e retira recursos da manutenção da rede de
serviços de atenção básica especializada da Secretaria Municipal de Saúde, R$ 1
milhão; e retira recursos do pronto atendimento para promoção e atenção da
saúde 24 horas, R$ 500 mil. Eu acho, Ver. Janta, que essa luta de V. Exa. – que
repito, é importante – merece o encaminhamento da formação de uma comissão
especial, proposta por V. Exa., para discutir o tema. Eu acho que é
interessante, porque a abertura dos postos de saúde 24 horas em Porto Alegre
requer o montante de recursos de R$ 1,1 milhão por mês, e V. Exa. sabe disso.
Acho que é uma discussão interessante. E a proposta da implantação gradual, que
é de V. Exa., tem o meu profundo respeito. Talvez seja o melhor caminho para
alcançar essa viabilidade. Que se comece gradualmente.
Portanto, não foi orientação do Prefeito
Municipal de Porto Alegre, não é uma retaliação contra V. Exa., e, muito menos,
é posição nossa contra a população, pelo contrário, muito a favor do povo de
Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; público que
nos acompanha nas galerias e também pela TVCâmara; venho a esta tribuna para
encaminhar a Emenda nº 08, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que é um Vereador
muito comprometido e muito preocupado, Ver. Mario Fraga, com as questões
relativas à saúde – realmente tem sido muito vigilante em relação a esse tema,
cumprindo com o papel que o povo delegou a todos nós. Mas também me cumpre vir
a esta tribuna, em nome da Bancada do PTB, para fazer o encaminhamento desta
emenda e dizer, sim, que o Secretário da Saúde esteve nesta Casa e, questionado
sobre diversos pontos – está nas notas taquigráficas –, ele respondeu, Ver. Nereu,
todos os quesitos que foram levantados aqui nesta Casa, para que ficasse bem
claro como é que o Governo Fortunati vê as coisas da saúde em Porto Alegre. Nós
temos um preceito constitucional que determina que os Municípios gastem, Ver.
Bernardino, 15% do Orçamento com saúde, e Porto Alegre já gasta 23%, Ver.
Janta. Talvez até precise mais. E eu sou daqueles que acha que a CPMF era
importante, pois destinava recursos específicos para a área da saúde. Talvez
até tenha que se pensar num novo imposto que possa incrementar melhor, Ver.
João Bosco, novamente as questões da saúde que, cada vez mais, são necessárias
e mais difíceis de serem tratadas, por diversos aspectos, como dificuldades na
contratação de médicos, bem como diversas dificuldades que se tem na área da
saúde. Infelizmente, Ver. Clàudio Janta, não vou poder concordar com a sua
emenda porque é uma emenda que não incrementa valores na saúde. Ela não está
adicionando R$ 1,5 milhão na Secretaria Municipal da Saúde; ela está, sim,
fazendo um remanejamento do recurso orçamentário previsto pelo Executivo
Municipal na área da saúde para outra área. Ou seja, a fonte orçamentária de R$
1,5 milhão que o Ver. Clàudio Janta propõe aqui – e legitimamente propõe, pois
ele entende que essa questão da implantação dos postos 24 horas, ou até às 22h,
seja uma demanda importante; nós já entendemos que isso tem que ser tratado
prioritariamente a partir das UPAs, como, Ver. Dr. Thiago, preceitua o
Ministério da Saúde, que tem tratado a política nacional –, nessa implantação
gradual dos postos de saúde, retira R$ 1 milhão da manutenção da rede de
serviços da atenção básica especializada. Ou seja, está tirando da saúde para
colocar em uma outra área da saúde. De uma área importante da saúde, de atenção
básica especializada e de pronto atendimento para a proteção e atenção à saúde
24 horas. Ou seja, retira R$ 500 mil do pronto atendimento 24 horas para
colocar lá no atendimento até às 22h. E retira mais R$ 1 milhão do atendimento
básico especializado para colocar no atendimento gradual dos postos de saúde
até as 22h. Então, infelizmente, peço desculpas ao Ver. Clàudio Janta, não
posso concordar com a sua emenda porque ela não está agregando valores novos à
Secretaria da Saúde, e, sim, fazendo um remanejamento interno com recursos da
própria saúde. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. DR.
THIAGO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero agradecer a minha
Bancada e dizer que esta é uma posição que não sei se é uníssona na nossa
Bancada. Mas quero me arvorar a explicar algumas questões aqui para deixar bem
claro. A primeira questão é a seguinte: essa emenda, Ver. Ferronato, foi a
mesma feita pelo Governo no ano passado, então, o Ver. Clàudio Janta recortou e
colou a emenda que havia sido feita pelo Governo no ano passado. A segunda
questão, que acho que é importante deixar clara aqui, é que já existe lei votada
e aprovada por esta Casa sobre o funcionamento, Ver. Villela, dos postos até as
22h. E é diferente do caso das UPAs – quero discordar aqui, cordialmente, do
Ver. Cassio: o posto aberto até as 22h, por ser uma Unidade Básica de Saúde,
vai fazer a atenção básica, Ver.ª Jussara, para atender a saúde dos
trabalhadores, para atender a saúde daquelas pessoas nos bairros de Porto
Alegre. E esta Casa tem uma lei, de minha autoria, que já foi aprovada neste
sentido. Primeiro, existia do Ver. Dr. Goulart, para as Estratégias de Saúde da
Família; depois existiu uma lei minha ampliando isso para as Unidades Básicas
de Saúde; e o Ver. Janta acabou acrescentando a tudo isso “e para toda Cidade”.
Isso é atenção básica, por isso é que o recurso, Ver. Mario Fraga, tem que sair
da atenção básica. A UPA é um outro entendimento, a UPA é uma unidade de pronto
atendimento, ela faz atendimento de urgência e emergência, portanto é atenção
terciária na saúde, vem de outro recurso. Uma coisa é atenção básica, que é o
que o Ver. Janta está propondo, corretamente, e a outra questão é atendimento
de urgência e emergência, que também temos visto que a Cidade carece. Ontem, a
manchete da Zero Hora falou sobre a questão do Hospital Parque Belém, um
hospital que sempre teve um pronto atendimento, portanto poderia ter uma
unidade de pronto atendimento. Bom, a gestão, ao longo do tempo, disse que não
se pode ter unidade de pronto atendimento junto a hospital, mas quebrou essa
regra quando trouxe o pronto atendimento para dentro do Hospital da Restinga,
então, nada mais correto, nada mais justo, nada mais, sensato do que nós, na
questão dos pronto atendimentos, executarmos o plano operativo do Hospital
Parque Belém, para prover aquele hospital com uma unidade de pronto
atendimento, que vai desafogar tanto o pronto atendimento da Restinga, quanto o
pronto atendimento da Cruzeiro do Sul. Então, Ver. Clàudio Janta, eu quero
dizer, com muita clareza, que está correta a sua emenda, não há nada a que se
fazer em termos de repreensão, até porque ela já tinha sido muito estudada pelo
Ver. Airto Ferronato, que, quando Governo, no ano passado, colocou essa mesma
emenda. Só que tem que colocar emenda e cumprir, senão nós vamos ficar aqui
trabalhando com uma peça de ficção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Verª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, movimentos
sociais que estão aqui acompanhando a nossa votação, eu tenho absoluta
convicção de que todos aqui sabem, porque vivenciam, o significado da saúde na
vida de cada um de nós, e que todos aqui se unificam para que nós possamos ter
um Sistema Único de Saúde, que foi fruto de uma luta histórica do povo
brasileiro, desde o movimento da reforma sanitária, passando pela Assembleia
Nacional Constituinte. Mas ainda estamos na luta pela implementação do SUS,
tanto que há um projeto de emenda popular tramitando no Congresso, com dois
milhões de assinaturas, para que nós tenhamos garantido da União 10% da receita
líquida para ações e serviços de saúde. Porque estou fazendo essa introdução,
Ver. Janta? Pelo mérito, inclusive, dessa sua emenda. V. Exa. chegou aqui e tem
contribuído muito, embora não seja da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, nessa
discussão.
Eu acho que há um equívoco aqui quando o Ver.
Cassio Trogildo coloca a questão do pronto atendimento. Na redação da emenda o
Ver. Janta quer que haja o atendimento efetivo mesmo, na promoção e atenção à
saúde, que começa pela Unidade Básica de Saúde, e não para as Unidades de
Pronto Atendimento. Pronto atendimento é uma unidade intermediária, estratégica
e importante entre a atenção básica e as emergências, então, qual é a porta de
entrada para garantir este SUS eficiente, para garantir saúde e não doença? A
porta de entrada é a atenção básica, e a emenda do Vereador vem no sentido de
que essa atenção básica garanta o atendimento no período em que os
trabalhadores têm condições de chegar lá no pronto atendimento. Porque quem
trabalha oito horas por dia, Ver. Airto Ferronato, sai às 18h, então, é
impossível, não tem... Então, precisamos de os postos de saúde 24 horas para
demandas que são agudas, agudizadas e também para aquela prevenção, aquela
atenção básica, aquela atenção da Estratégia de Saúde da Família, para que nós
possamos produzir saúde e não produzir doença. Nós não queremos mais que a
porta de entrada seja através das emergências dos hospitais e nós não queremos
que a porta de entrada seja também a UPA, pois a UPA é uma unidade
intermediária; nós queremos que a porta de entrada sejam os postos, e, para
isso, que funcionem 24 horas. As emergências são 24 horas; as UPAs já são; e o
que se quer, e a emenda do Vereador coloca isso muito bem, é que nas 32
Unidades Básicas de Saúde tenhamos atenção à saúde 24 horas.
A Bancada do PCdoB, o Ver. João Derly e eu,
estamos com a sua emenda, como estamos com o seu projeto, porque essa é uma
luta estratégica desta Casa. Acho que o Ver. Dr. Thiago, que é o nosso
Presidente da COSMAM atualmente, também já fez uma intervenção nesse sentido.
Então, não vamos confundir, por favor, e vamos lá para as nossas 32 Unidades
Básicas de Saúde, com a atenção básica, e em horário que o trabalhador possa
ter atenção básica em saúde. Pela aprovação da emenda!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
08, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Ver.
Clàudio Janta, eu quero trazer a posição do PSOL. Nós vamos acompanhar a
votação da emenda do Vereador e dizer que, obviamente, a ideia, somada a uma
luta política permanente pela abertura dos postos até às 22h, é meritória.
Primeiro, porque a emenda coloca recursos necessários para abrir 17 postos, que
seria um projeto-piloto inicial diante de uma situação que se agrava de falta
de atendimento em assistência básica, que acarreta na lotação das emergências,
porque é justamente a ausência de uma política que permita a proximidade da
atenção básica em todas as comunidades junto à população que gera uma situação
que vai se agravando, inclusive nas emergências da nossa Porto Alegre.
E mais: nós temos uma crise na Secretaria
Municipal da Saúde, na gestão das políticas em Saúde em Porto Alegre. No PACS,
por exemplo, no Postão da Cruzeiro, depois desse caso grave da execução de um
usuário, quinta-feira, nós estivemos lá e vimos as condições de trabalho.
Terça-feira, teve uma audiência na COSMAM. Literalmente estão caindo as
luminárias do PACS! Estão caindo as luminárias, gente! É uma vergonha! Nós não
estamos falando só da falta de recursos, Dr. Thiago, para ampliar o atendimento
do PACS; nós estamos falando das condições básicas, mínimas para o atendimento
da população do entorno do Postão da Cruzeiro.
O HPS é uma obra interminável, que tem uns
buracos abertos dentro do hospital e que tem risco permanente para a população
e para os trabalhadores que lá estão. Acabaram de arrumar o ar-condicionado de
novo. Estragou o ar-condicionado. E eu não estou só falando do ar-condicionado
para os trabalhadores nesse calor insuportável que tem feito em Porto Alegre e
que vai aumentar, infelizmente, chegando janeiro, mas os usuários do setor de
queimados, por exemplo, do Hospital de Pronto Socorro, como é que ficam com
esse calor? Então a Saúde vive uma crise, e nós buscarmos recursos para ampliar
o atendimento até as 22h é fundamental para garantir um atendimento digno na
saúde pública.
Quero concluir dizendo que recurso tem de sobra.
Eu ouvi o Ver. Cassio Trogildo, Vereador, basta implementar o imposto sobre as
grandes fortunas e começar a taxar os grandes capitalistas deste País que vai
ter recurso de sobra para financiar a saúde pública. O imposto das grandes
fortunas, que está lá na Constituição, daria R$ 90 bilhões a mais, por ano,
para investir na saúde, na educação, na assistência! Basta auditar a dívida
pública que o Governo segue pagando religiosamente sem nunca ter feito uma
auditoria, e que financia os grandes empresários e os grandes banqueiros
nacionais! Consome 50% do Orçamento da União, enquanto que, para a saúde, vêm
menos de 4%! Enquanto um país, como o Equador, fez uma auditoria na dívida
pública e conseguiu economizar 70% dos recursos. E não teve quebradeira – que é
a ameaça –, não teve fuga de capitais – que os capitalistas adoram ameaçar. O
que não haveria no Brasil, com 200 milhões de brasileiros! Mas não, eles seguem
drenando os recursos públicos para financiar interesses privados. E aí chega a
hora de votar o Orçamento, não tem dinheiro para investir na saúde, não tem
dinheiro para aprovar uma emenda que aumenta o atendimento nos postos de saúde,
não tem dinheiro para investir no passe livre, não tem dinheiro, não tem
dinheiro, não tem dinheiro. Pôxa! como eu digo, é uma cantilena enfadonha. Além
do que, no caso do Orçamento Municipal, nós poderíamos discutir a necessidade
de cortar os cargos em comissão, que, por ano, são R$ 100 milhões; publicidade,
uma média de R$ 15 milhões/ano que eles gastam comprando propaganda, como
fizeram no Hospital da Restinga, comprando propaganda de um minuto nos grandes
veículos de comunicação, que deve custar milhões, e, ao mesmo tempo, falta
médico no novo Hospital da Restinga! Naquele mesmo momento, estava mandando
fazer sutura no HPS. Sutura! Não é atendimento, é sutura, um procedimento
simples.
Então, eu acho que é menos demagogia, mais ação,
menos blá-blá-blá, mais recurso na saúde, mais recurso na educação. E, Ver.
Clàudio Janta, conte com o nosso voto na emenda, e nós apostamos na necessidade
de subverter essa lógica, essa ordem, essa tônica do Orçamento Municipal,
trazendo recursos para mais direitos para a população, e não seguir financiando
uma lógica privatista de terceirização do cabide de empregos e das verbas
publicitárias milionárias.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14, pelo
Governo.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, volto a esta tribuna para tratar
do mesmo tema, porque, depois de algumas intervenções, deram a entender que eu
não havia compreendido a emenda. E eu só retorno, aqui, Ver. Janta, para dizer
que eu compreendi a emenda. Talvez nem todos os Vereadores que vieram a esta
tribuna tenham pegado a emenda para analisar e verificar exatamente o que ela
diz. E, talvez, se eu fosse da oposição e estivesse debatendo com um Vereador
da situação, eu poderia vir aqui dizer que é demagogia, mas eu acho que não é
nada disso. Eu acho que foi uma tentativa, uma iniciativa do Ver. Janta, dentro
do seu conceito na área da saúde, fazer o remanejamento de recursos na
Secretaria Municipal da Saúde. Só que o objetivo que o Ver. Janta almejava,
através desta emenda aqui, ele não vai conseguir lograr êxito. Por quê? Porque,
na origem dos recursos da emenda que o Ver. Janta propõe, ele utiliza aqui:
“número do projeto ou atividade, 4.035 – origem dos recursos; nome do projeto
ou atividade, Pronto Atendimento para Promoção e Atenção à Saúde 24 horas às
demandas agudas e agudizadas. Aqui, ele está remanejando R$ 500 mil – vejam
bem, ele está tirando do Projeto nº 4.035, Pronto Atendimento para Promoção e
Atenção à Saúde – e está mandando para o Projeto nº 4.035 – Pronto Atendimento
para Promoção e Atenção à Saúde: orçamentariamente, é a mesma unidade
orçamentária.
Então, existe uma questão técnica aqui, e alguns
Vereadores vieram aqui e deram a entender que eu não tinha entendido, que eu
não conheço a questão da saúde. Não. Na verdade isso tem um erro técnico na
emenda. E a outra parte, o outro um milhão, ele está tirando do Projeto nº
4.027, que é a manutenção da rede de serviço da atenção básica especializada.
Que lá, no Orçamento e na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, diz que é para
garantir o pleno funcionamento do serviço de saúde de toda a Secretaria.
Então, Ver. Janta, infelizmente eu não posso
concordar com o encaminhamento da emenda, porque, tecnicamente, no meu
entendimento, ela está enganada, ela está retirando recursos, primeiro, do nº
4.035 para o mesmo nº 4.035, ou seja, essa emenda tira de um lugar e bota no
mesmo lugar. É a mesma coisa que tirar deste bolso e colocar no outro bolso o
dinheiro orçamentário da saúde.
E, no outro, na outra fonte de origem, que é o
nº 4.027, que joga lá para o nº 4.035 – garantir o pleno funcionamento do
serviço de saúde. Ou seja, todo o atendimento básico, tudo na saúde sai dessa
dotação orçamentária, dessa atividade projeto, que é a 4.027. Por isso a
Bancada do PTB vem encaminhar contrariamente ao encaminhamento da emenda,
sabendo que o objetivo do Ver. Janta era dos melhores dentro daquilo que ele
acredita e preconiza dentro da área da saúde, mas nós não podemos acatar essa
emenda em função dessa questão técnica que está colocada aqui no encaminhamento
dela. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14, pela
oposição.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Queria
agradecer às Bancadas de oposição PT, PSOL, PCdoB por conceder-me este tempo.
Eu queria só esclarecer. O Governo, por ser uma base muito grande, por ser
muitas secretarias, por ser uma estrutura muito grande, de vez em quando, ele
não sabe o que faz. Então, eu quero dizer para o Governo que, na LOA, se o
Governo não sabe, esse humilde Vereador, melhor, esse humilde peão,
comerciário, quer lembrar ao Governo de Porto Alegre, à Secretaria da Fazenda,
aos seus técnicos, quer lembrar às pessoas do Governo, esse humilde peão
comerciário, que foi aprovado na LOA que todo o Orçamento da saúde do Município
de Porto Alegre é para a saúde 24 horas! Vão olhar a LOA! Vão ler a lei que
vocês aprovaram aqui nesta Casa! Vão ler lá, em quatro anos o Município tem que
aprovar! E esta Casa aprovou, em quatro anos, o Município tem que botar no
Orçamento do Município... E os meus colegas disseram que eu era Deputado
Federal, que eu estava maior que os Deputados Federais, que eu apresentei uma
emenda aqui de não sei de quantos milhões e aprovei uma emenda de R$ 4 milhões
para abrir os postos de saúde 24h. Então, dinheiro tem, está lá na LOA, não
doam porque não querem! E a saúde se faz no Programa de Saúde da Família, ela
se faz em Unidade Básica de Saúde – e é essa que nós queremos abrir, uma em
cada região do OP –, ela se faz na Unidade de Pronto Atendimento – UPA. Ninguém
quer tirar dinheiro de UPA nenhuma; agora, se tivermos um Programa de Saúde da
Família que funcione, uma Unidade Básica de Saúde até as 22h, vocês podem ter
certeza de que vai diminuir pra caramba a frequência nas UPAs até as 22h, como
vai diminuir muito, Ver. Idenir Cecchim, a frequência nas emergências dos
hospitais.
Não é um dado deste peão comerciário aqui, não;
é dado do Sindicato Médico, do Sindicato dos Enfermeiros, é dado dos
profissionais. Eu visitei todas as UBSs em Porto Alegre, visitei as UPAs da
Cidade, junto com a Ver.ª Lourdes, com o Ver. Paulinho Motorista, com o Ver.
Dr. Thiago, com o Ver. Tarciso, com membros desta Casa. Estivemos visitando
todas as Unidades Básicas de Saúde, e lá nos disseram isto: quanto mais estiver
funcionando o Programa de Saúde da Família, que a cidade de Porto Alegre já
ampliou, quanto mais os horários dessas Unidades Básicas de Saúde forem
ampliados, menos pessoas usarão as UPAs e as emergências dos hospitais.
Por isso nós copiamos – hoje em dia, muito se
usa copiar e colar. Nós, por sermos comerciários, trabalhadores, orientamos a
equipe: não inventem nada, copiem e colem. Isso eu aprendi numa palestra em que
fui, do maior concorrente de uma rede de fast-food.
O cara disse: “Eu não inventei nada, eu copiei o que o cara fez, e hoje sou
concorrente dele”. Não inventem nada, peguem a emenda do Governo do ano
passado, copiem e colem! Foi isso o que nós fizemos. Nós fizemos exatamente o
que o Governo fez no ano passado, tiramos o dinheiro exatamente de onde o
Governo tirou no ano passado, exatamente do que nós aprovamos aqui nesta Casa
há quatro anos de Governo: dinheiro para a saúde por 24 horas. E nós queremos
saúde até as 22h e um posto em cada região do OP. Então eu peço, novamente, aos
senhores Vereadores que votem para dar essa assistência à população de Porto
Alegre, que, pelo menos, em uma região do OP tenhamos uma Unidade Básica de
Saúde funcionando até as 22h. Assim não vamos precisar do tanto de dinheiro que
está no Orçamento desta Cidade para o pronto-atendimento, e, principalmente,
vamos esvaziar as emergências dos nossos hospitais. Muito obrigado, Presidente.
Obrigado à oposição por me conceder este tempo.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a galeria está muito ativa,
e isso é muito saudável, porque defende interesses que são legítimos. Eu
queria, Ver. Janta – V. Exa. usou muito bem o tempo de oposição –, dizer que,
quanto mais dinheiro aparece na Saúde, mais sai pelo ralo. Primeiro, temos que
fechar alguns ralos que não estão usando bem o dinheiro. Queria convocar todos
os funcionários da Saúde para ajudar a cuidar dos desvios, dos gastos
malfeitos, dos ralos que existem.
Também quero dizer que a única coisa de que
consigo me lembrar que o Presidente Lula fez e que eu gostei foi a privatização
do ensino superior com o ProUni, ele deu muita oportunidade para muita gente,
isso é o que ele fez de bom – privatizou o ensino. Agora, Ver. Janta, com esse
dinheiro todo que tem no Orçamento, se a Prefeitura pudesse comprar 10 mil, 20
mil, 30 mil consultas dessas clínicas que estão por aí com muito mais qualidade
que os postos de saúde, nós resolveríamos o problema das filas. Não tenho
problema nenhum em dizer que custaria um quinto, um décimo do que custa uma
consulta num posto de saúde, isso em qualquer clínica bem conceituada da Cidade
e do Estado. Tem que saber gastar o dinheiro para atender à população! Não é
para manter corporações. Tem que gastar dinheiro para cuidar da população, que
precisa de atendimento, não é para cuidar de corporação. Então, não adianta
botar dinheiro e gastar mal!
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Tem
que fiscalizar, sim, senhor! Isso mesmo! Fiscalizar os gastos malfeitos.
Vereador, população, médico, enfermeiro, todos têm que ajudar a cuidar onde se
gasta mal. E gasta-se muito mal na Saúde, neste País! Então, não adianta só
botar dinheiro e fazer emenda. Tem que ter mais vergonha na cara – todo mundo!
E cuidar da população! Essa que reclama. Aqui dentro só atendemos pedidos de
corporações, e a população que precisa de consulta, que precisa fazer exame
nunca tem dinheiro! A população precisa que se dê atenção e se cuide da saúde
deles com menos dinheiro e mais competência. Qualquer clínica que temos por
aqui, esses centros clínicos, cuidaria melhor ao fazer consulta e exames e por
um quinto ou até um décimo do que custa um posto de saúde público. Então, eu
queria fazer um acordo com todo mundo: vamos fazer uma emenda para que as
pessoas se emendem, gastem menos e gastem melhor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Clàudio Janta, a Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 14
votos SIM, 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O Sr. Mario Fraga: Só para
consultar, Presidente: cabe renovação de votação?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Ver. Mario Fraga, existe a possibilidade. Agora,
se o senhor quiser, o Orçamento não pode ser encaminhado à Prefeitura enquanto
não for renovada a votação.
O Sr. Mario Fraga: É preciso fazer
neste momento? Não? Até o fim da Sessão?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O senhor tem 24 horas.
O Sr. Mario Fraga: Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº
036/14. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Ver.
Mauro Pinheiro, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu destaquei esta Emenda
porque entendi que ela seria muito importante e significativa pela sua origem e
para que este plenário possa avaliá-la. O Vereador-Relator entendeu por não
acolher no seu Relatório. E por que ela é uma emenda muito diferenciada e muito
importante? Primeiro, porque ela é assinada por quase 200 entidades da
sociedade civil que atuam com criança e adolescente. (Palmas.) E, eu tenho
certeza de que, com um pouquinho mais de tempo, porque as entidades fazem todo
trabalho voluntário, todas as entidades assinariam, das 214 que estão atuando
na Educação Infantil, as que atuam com crianças e adolescentes, com abrigos,
toda essa área social, que é um privilégio da nossa cidade de Porto Alegre. Por
quê? Nós aqui já falamos, muitas vezes, nós estamos tratando de Educação
Infantil. Educação que protege e educação que viabiliza saúde, desenvolvimento
integral, a proteção da infância contra a violência e o sucesso escolar no
Ensino Fundamental. E educação é responsabilidade do Município, e o Município
não conseguiria fazer nesse volume se não contasse com essa parceria. As
entidades estão, há um ano – só para lembrar o último ano –, em debate com o
Governo e em debate com esta Casa. Fizeram e se organizaram em uma Comissão que
estudou os números, que estudou os custos da Educação Infantil em Porto Alegre,
e chegaram à conclusão de que, relativamente ao custo/aluno médio do Fundeb, as
entidades recebem em torno de 20% a menos desse padrão médio do Estado do Rio
Grande do Sul, e essa emenda vem corrigir apenas uma parte dessa defasagem. Uma
parte, senhores! Eu vou fazer esse apelo e insistir nesse dado. Parece um
volume grande, mas esse volume é muito pequeno diante da enorme defasagem! Pelos
estudos do Fórum das Entidades, seriam necessários R$ 11,7 milhões para se
chegar ao repasse no valor custo/aluno Fundeb, e a emenda propõe R$ 2,5
milhões, uma recuperação gradativa, o que é razoável, o que é possível! Em R$ 6
bilhões de Orçamento é possível redimensionar, redirecionar parte do Orçamento.
Então é uma emenda exequível! É uma emenda, Ver.ª Mônica, possível de realizar,
e faço a V. Exa., que sempre analisa com muito cuidado cada elemento que vota
aqui, um apelo para que considere essa dimensão. A outra dimensão
importantíssima é a das matrículas das creches comunitárias que fizeram com que
o Município deixasse de perder dinheiro para o Fundeb. O Município, em 2011,
deixou, no Fundo, R$ 14 milhões! O Município, desde o ano passado, vem recebendo
dinheiro do Fundeb, porque as instituições, aguerridas e valorosas, vêm se
credenciando, regularizando seu espaço físico, fazendo projeto
político-pedagógico e colocando no censo as crianças que atendem. E aí o
Município deixou de perder recursos, não só recuperou R$ 14 milhões, como agora
já passa a receber, já tem saldo positivo no fundo contábil do Fundeb. Se tem
saldo positivo, que justiça é essa que as instituições não recebem
proporcionalmente ao que elas oferecem de atendimento nessa faixa etária tão
preciosa? Portanto, digo, senhores: esse dinheiro existe, ele podia estar ali,
redistribuído, entre municípios e Estado, fora do Município de Porto Alegre! As
instituições, ao atender as crianças, Ver. Brasinha, fizeram com que o
Município recuperasse R$ 14 milhões! E as creches só querem R$ 2,5 milhões no
primeiro ano, para além do reajuste da inflação. E trago um último argumento,
que acho que é um argumento importante. A nossa Lei Orgânica, no seu art. 183,
afirma que o Município nunca aplicará menos de 30% da sua Receita resultante
dos impostos, compreendendo as transferências da União e do Estado, onde? Nunca
menos de 30% na manutenção do ensino público municipal. Nunca menos de 30%! É a
Lei Orgânica. É a lei máxima do Município de Porto Alegre! E o Orçamento 2015 –
está aqui a página do Orçamento, confiram, senhores, a página, em números
romanos –, está afirmando o seguinte: que, no demonstrativo constitucional da
educação, o Município vai aplicar, Ver. Pujol, em 2015, apenas 25,10%. A Lei
Orgânica fala em 30%, e o Município está prevendo 25,10%. Portanto, tem aí 4,9%
para cumprir a Lei Orgânica. Esta emenda busca recursos em outras Secretarias,
na publicidade, e acrescenta na Educação. Portanto, a nossa escolha é a
seguinte: é criança, é adolescente, ou é publicidade. Que se faça justiça, eu
tenho certeza! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, em primeiro lugar, quero
dizer que espero que a votação passada se repita, porque, às vezes, se consegue
mudar as maiorias e a lógica das coisas nos parlamentos, claro que a partir da
pressão e da mobilização. Foi o caso da emenda passada, em que aprovamos
recursos para postos de saúde 24 horas, e, na descrição da emenda, falava em
abertura até às 22h. Agora, temos uma das poucas emendas populares.
Eu queria cumprimentar os líderes comunitários,
os representantes das creches, os lutadores e lutadoras da defesa da Educação
Infantil. Nós, no Orçamento, temos uma prerrogativa de construção de emendas
populares. O povo não sabe que eles gastam milhões em publicidade, mas nunca
dizem para o povo, no jornal, na televisão de massa, que o povo pode discutir o
Orçamento. Isso eles não fazem, porque não querem, infelizmente, emendas
populares. E, quando as comunidades conseguem se organizar para fazer emendas
populares, que estão previstas no Regimento, dentro desta votação do Orçamento,
mesmo poucas, nós vemos a retaliação do Governo, nós vemos o corte do Governo,
vemos a tentativa de rejeitar a emenda, como é o caso da Emenda nº 09, do
Governo, nós vemos, na verdade, a tentativa de manter uma lógica extremamente
perversa. É uma lógica perversa porque, num Orçamento de R$ 6 bilhões – não
estamos falando em R$ 6 milhões, estamos falando em R$ 6 bilhões –, não é
possível não ter 2,5 milhões para a Educação Infantil; R$ 2,5 milhões no
Orçamento é muito menos do que 1%! É muito menos do que 1%, é zero vírgula
qualquer coisa. Alguém pode fazer a conta para nós. É muito pouco, é um
percentual pequeníssimo para um Orçamento de R$ 6 bilhões. E o Governo usa
todos os argumentos... Aliás, defende o indefensável nesta tribuna para dizer
que não é possível ter R$ 2,5 milhões a mais para a educação das nossas
crianças, que não é possível ter R$ 2,5 milhões a mais para tirar as creches da
verdadeira míngua em que sobrevivem sistematicamente. O que é colocar R$ 2,5
milhões a mais para garantir que tenha recursos para avançar, pelo menos, em
material pedagógico? Nós nem estamos debatendo os salários dos monitores, que,
sinceramente, na minha opinião, são muito baixos perto das condições e perto do
trabalho que realizam nas nossas creches, porque estão lá na linha de frente,
cuidando das crianças. Nós nem estamos debatendo a necessidade de ampliar a
rede de Educação Infantil, a quantidade de crianças que não têm acesso às
escolas e às creches conveniadas por falta de vagas. Nós não estamos debatendo
a quantidade de acidentes domésticos que acontecem em Porto Alegre porque as
mães, muitas vezes, são obrigadas a deixar as crianças com o irmão mais velho,
que é criança também. Que são crianças também! Eu me pergunto, muitas vezes,
como é que pode dormir com a consciência tranquila quem vota contra o povo,
quem vota contra as crianças, quem vota contra as creches, quem vota contra a
saúde.
O Plínio dizia ali, gritando: “Essa aqui é para
votar ‘sim’ todo o mundo que já foi criança!” Todos aqui já foram crianças.
Todos aqui têm crianças nas suas famílias. E se os seus filhos não tivessem
creche? Se vocês não tivessem recursos para pagar uma creche privada e tivessem
que trabalhar oito horas por dia para ganhar um salário mínimo, do qual não
sobra dinheiro a não ser para pagar o aluguel e comprar alimentação? Aliás, um
salário mínimo que sequer paga um aluguel e garante uma alimentação. O que
vocês fariam? É muito fácil não se colocar no lugar do povo.
O Pepe Mujica falou ontem que a maior parte dos
políticos vive como se fosse da minoria, vive como se fosse das 5 mil famílias
que não veem, cotidianamente, os problemas do povo. Eu espero que nesta votação
a gente mostre o contrário, vote favoravelmente às emendas populares, mostre
que a Câmara de Vereadores de Porto Alegre está vendo os problemas do povo e
está vendo que os maiores problemas são o acesso à Educação Infantil e a
possibilidade de garantir qualidade, garantir direitos, garantir equipamentos
para esse momento tão importante da vida, esse momento tão fundamental da
infância, a partir de uma emenda que busca uma mudança gradativa nos valores,
mas, sobretudo, busca justiça no que diz respeito à Educação Infantil. Eu quero
dizer para vocês que nós, da Bancada do PSOL, dormiremos muito tranquilos esta
noite sabendo que votamos com o povo de Porto Alegre. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. ANY
ORTIZ: Boa
tarde, Vereadoras, Vereadores, quem nos acompanha através da TVCâmara ou aqui
nas galerias; eu vou colocar o que já falei na segunda-feira, quando estávamos
votando uma emenda que tratava desse assunto. Infelizmente, por um compromisso
externo, eu não pude votar, mas quem ouviu o que manifestei aqui, viu que eu
estava a favor das creches e da educação. Eu falei muito a respeito da Educação
Infantil, que precisamos desses espaços onde as crianças vão ter uma oportunidade,
no momento mais importante das suas vidas, de construir e de a gente poder
construir cidadãos melhores. Principalmente as creches comunitárias, que estão
situadas em locais onde as famílias estão muito desestruturadas, onde vemos
mães adolescentes, mães que, muitas vezes, nem saíram da sua fase de criança,
tendo outras crianças. Então, o papel fundamental é desses educadores, dessas
professoras e de quem está lá cuidando dessas crianças. Os investimentos que
vamos fazer em educação são investimentos que, lá na frente, não vamos precisar
fazer. O Município vai investir para poder economizar.
Eu sou absolutamente favorável e eu quero louvar
aqui a atitude da comunidade de fazer uma emenda popular, de usar isso para
poder manifestar suas vontades e sempre buscar participar da vida aqui dentro
da Câmara. Acho que isso é importante, não só a presença de vocês, mas a emenda
que foi apresentada, a atitude de vocês e o investimento em educação, que deve
ser indiscutível hoje dentro da cidade de Porto Alegre. Por alguns motivos, a
gente vê disparidades entre salários: uma categoria ganha muito, outra
categoria não ganha. Foi discutido muito, há um tempo, o piso dos professores.
Essa questão do salário dos professores, dos investimentos em creches, não só
nas creches comunitárias, mas no ensino como um todo, o ensino público, o
Ensino Fundamental, o Ensino Médio, de abrir espaços também dentro das
universidades... Só que não adianta a gente investir em universidades, abrir
espaço para que cada vez mais pessoas possam ter acesso às universidades se a
gente não olhar o início dessa questão, se a gente não acompanhar as nossas
crianças desde o início de toda a formação para que possam, realmente, chegar à
vida adulta, ter dignidade e buscar as suas conquistas com dignidade.
Eu apoio a luta de vocês. O PPS vai votar
favoravelmente a essa emenda, e eu espero que, realmente, seja cumprida e que
esses investimentos sejam feitos na Educação Infantil e em toda a educação.
Deixo aqui esta mensagem: investir em educação não é um gasto a mais para o
Governo, é um investimento que o Governo está fazendo. Muito obrigada.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CASSIO
TROGILDO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; eu quero conduzir a minha
fala especialmente à nossa assistência, que tem, durante dias e dias, sessões e
sessões, nos visitado. Eu tenho feito um debate que acredito tenha sido
bastante profundo, Ver. Reginaldo Pujol. Quero dizer, sobre essa emenda, que eu
teria argumentos para defender contra, Ver.ª Sofia, e tenho muitos argumentos
para defender a favor também. Eu tenho vários argumentos que me levariam a
votar contrariamente ao encaminhamento desta emenda, Ver. Airto Ferronato, e
vou enumerar, e pediria que vocês aguardassem até o final de minha fala. A
Ver.ª Sofia deu aqui uma aula, na segunda-feira passada, no final da Sessão,
sobre a constituição do Fundeb. Aliás, quase ridicularizou os demais Vereadores
que estavam aqui quando disse que ninguém é obrigado a conhecer o Fundeb,
portanto os encaminhamentos que todos faziam aqui eram pecados passíveis de
serem perdoados, porque ninguém é obrigado a conhecer. Na verdade, essa questão
do Fundeb e do Fundef é uma questão que, na educação, há muito tempo nos chama
atenção e há muito tempo acompanhamos. Eu não entendo mais do que ninguém de
educação, nem mais do que ninguém de saúde, mas o Fundef, que foi criado em
1996 e terminou em 2006, preconizou, no Ensino Fundamental, a criação de um
fundo estadual para atender especificamente à Educação Fundamental. O Fundeb,
criado em 2006, em vigor de 2007 até 2020, é recurso também para a Educação
Infantil, que não tinha anteriormente no Fundef, Ensino Fundamental e Ensino
Médio. E na criação do Fundeb, que é uma lei do Governo Federal, criada em 2006
para os 27 estados, originalmente não previa as creches comunitárias, previa,
sim, apenas as creches de atendimento próprio, Ver. Valter Nagelstein. É
justiça se dizer que foi a Deputada Maria do Rosário, aqui do Rio Grande do
Sul, que fez a emenda incluindo as creches conveniadas, somente até 2016. Então
temos um outro sério problema, que é resolver como serão os repasses, como será
a manutenção das creches comunitárias a partir de 2016, porque isso não está
resolvido. E o Prefeito Fortunati, lá na Frente Nacional dos Prefeitos, tem
brigado muito por isso, para pelo menos estender às creches comunitárias até
2020, que é quando ainda está previsto o funcionamento do Fundeb. É verdade
também que hoje os recursos que temos do Fundeb para a Educação Infantil em
Porto Alegre não são suficientes para pagar todos os alunos que têm atendimento
em Porto Alegre. Esses são os números, estão no Orçamento, estão nos relatórios
do Governo. Nós temos – dados de 2013, porque os de 2014 não estão
completamente consolidados –, em 2013, pagamentos para as creches conveniadas
em R$ 49.855.000,00; e atendimento a 16.480 alunos. Do Fundeb, o Município
consegue se ressarcir em R$ 42.273.000,00, o equivalente a 12.670 alunos.
Portanto, hoje, o Município já põe mais dinheiro, além do Fundeb, além do que
consegue se ressarcir do Fundeb, no atendimento à rede conveniada. Debati muito
com muitas pessoas que estão aqui, sabem que eu venho do movimento comunitário,
fui dirigente de associação comunitária, construí creches comunitárias, acho
que a emenda não resolve todos os problemas. O Ver. Ferronato protocolou uma
Comissão Especial aqui na Casa, nós falávamos sobre isso, o nome da comissão é:
Comissão Especial de Estudo das Verbas para as Creches Comunitárias de Porto
Alegre. Eu vou, dentro da minha Bancada, solicitar que eu seja indicado, Ver.
Ferronato, para fazer parte dessa Comissão. Tenho a convicção de que o Governo
Municipal tem gastado muito além dos 25%, que é o preceituado pela Constituição
Federal, tem gastado em torno de 28,31% – foi o que gastou em 2013. Mas eu
quero dizer a vocês que, no caso dessa emenda, vou acompanhar as creches
comunitárias. Os R$ 2,5 milhões não vão resolver todos os problemas, mas vão
amenizar, Ver. Ferronato, e vão ajudar e muito. Lá na nossa Comissão Especial
nós acharemos todas as soluções de que nós precisamos para o atendimento das
creches comunitárias. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu quero repisar, Ver.ª
Mônica Leal, a minha manifestação, Ver.ª Sofia, da última Sessão, de
segunda-feira, e quero me dirigir com muito carinho ao nosso Líder do Governo
para fazer um apelo. Nós somos Vereadores e estamos aqui graças à vontade
soberana do povo. E, no mais das vezes, o que todos nós reclamamos nas
Comissões, os presidentes, os integrantes das Comissões, é que a sociedade não
participa da vida do Parlamento. Quer dizer, participam minorias, via de regra,
minorias organizadas e defendendo determinados interesses. Mas a sociedade, via
de regra, não participa. Nós estamos vivendo um processo muito importante aqui
que é a construção da Peça Orçamentária. Essa é apenas uma luta, porque a luta
seguinte é a de fazer cumprir o que fica escrito no Orçamento deste ano.
Poucas vezes a gente vê emendas produzidas da
forma que vocês produziram: emenda popular. Eu acho que é preciso ter
sensibilidade para respeitar isso, e me parece que está havendo essa
sensibilidade, e faço esse apelo ao Governo, nós temos um Orçamento de mais de
R$ 6 bilhões. Quaisquer outras razões são menores comparadas com, primeiro,
onde se está colocando esses R$ 2,5 milhões, que são as creches; segundo, é num
setor que é extremamente carente e necessitado. Portanto nós temos que ter esse
olhar para essa questão e buscar, não somente aprovar a emenda, fazendo um
apelo ao Governo, dizendo que não é da Ver.ª Sofia, não é da Ver.ª Fernanda,
não é do partido A ou do partido B, é uma vontade do Parlamento de que vão mais R$ 2,5 milhões para
lá, porque vai aliviar um pouco a situação sofrida de vocês, como também hoje,
aqui, nós temos que ter a capacidade de olhar para alguns outros segmentos.
Eu já concluo, Sr. Presidente, mas não sem
antes, Ver. Bosco, dizer que, por exemplo, a cultura da Cidade, eu olhei, tem
menos de 1% do Orçamento. Também nós temos que olhar, porque uma sociedade sem
cultura é uma sociedade bárbara. (Palmas.)
Uma sociedade sem educação é uma sociedade bárbara. E isso não é monopólio de
um partido político ou de uma visão, porque exatamente – sem esporte, lembra-me
bem o nosso campeão – uma sociedade sem cultura, sem educação, sem esporte, sem
alternativa é uma sociedade bárbara. Olhando para os países mais desenvolvidos
do mundo, na Europa ou na América do Norte, nós vamos encontrar exatamente
países que investem na educação, na cultura, no esporte. Estão aí as
olimpíadas. O que acontece com os Estados Unidos da América, que são sempre
campeões em tantas modalidades? E o Brasil vai para lá, se conquista duas ou
três medalhas, a gente se dá por muito satisfeito. Mas tem alguma coisa muito
errada, por quê? Porque eles põem recurso na educação, na cultura, naquilo que
é necessário para a formação de um País. A Coreia do Sul é o que é hoje, porque
os professores, Ver.ª Sofia, lá na Coreia do Sul, são chamados de construtores
da Nação. É um país de capitalismo altamente desenvolvido, mas é um país que,
exatamente, por ser de capitalismo desenvolvido, investe na educação, na
cultura, no design, na pesquisa tecnológica, e por isso se faz um país
desenvolvido. É por isso que nós temos que vencer demagogias e, sim, olhar com
muito carinho, com muita atenção para a primeira infância, para as creches,
para as famílias desassistidas, sem um planejamento familiar, e olhar
também para a educação básica, para a educação superior, para a educação
técnica, para a cultura, para o esporte, enfim, para tudo isso. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro
Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, visitantes, telespectadores e ouvintes, eu
acompanho, aqui na Câmara, as movimentações desde 1989 e acompanho, meu caro
Ver. Cecchim, como eram as votações do Orçamento num determinado período
recente. E há muito pouco tempo, o parecer, o Relatório do Relator propôs a
rejeição de todas as emendas. Todas! A partir de um determinado momento,
primeiro com o Valter, depois com o querido amigo Cecchim, nós modificamos essa
questão e passamos a atender às manifestações, vontades dos Vereadores e
praticamente todas as emendas populares. E eu quero registrar também que, a
partir do momento em que passei a Líder do Governo, por característica minha,
mas antes de tudo, por acreditar nisso, nós respeitamos a posição, meu caro
Valter, de todos os Vereadores, individualmente, e também a posição de cada
Bancada.
Quem acompanha a Câmara sabe que jamais impus
vamos votar assim porque é preciso votar assim. Portanto, estou aqui para
registrar que o meu relatório é uma posição pessoal.
Meu caro Valter, respondendo à demanda, nós
vamos respeitar o resultado sem impor, sem exigir, sem estar dizendo que é
preciso votar “sim” ou “não”. Cada um de nós vai votar de acordo com a nossa
visão, a nossa consciência e a nossa posição.
E eu ainda acredito na posição de que uma
comissão especial seria o melhor caminho, mas analisando aqui as manifestações
e a soma das Bancadas, mais ou menos, já tenho em mente que resultado
alcançaremos. Eu quero aproveitar para registrar um abraço meu, enquanto
Vereador e Líder do Governo, e um abraço do Governo pela luta de cada um de nós
aqui na Câmara, essencialmente a vocês, que vêm organizados aqui. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Idenir Cecchim
(Requerimento): Sr. Presidente, depois da manifestação do Líder do Governo,
eu queria propor à Casa que se vote por unanimidade essa emenda.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro, Ver. Idenir Cecchim.
O Sr. Mario Fraga: Sr. Presidente,
só para dizer que, quando for essa emenda, eu vou solicitar votação nominal.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro, Vereador.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, hoje ainda recebi no meu gabinete os
auditores fiscais do Município – acho que vários Vereadores aqui receberam – e
eu dizia para que é válida a visita que eles fazem no gabinete e ainda pedi
para eles visitarem o Ferronato, Líder do Governo, que é a pessoa mais
inteirada do assunto, por ser um profissional dessa área – eles estão fazendo
um plano de carreira. Mas disse-lhes que eles tinham que estar aqui no plenário
nesse dia, porque o plenário, nesta Casa – e isso eu aprendi nesses dois anos
aqui –, é soberano. E agora nós vimos aqui, na votação da Emenda nº 09, que ele
pode ser soberano. As negociações podem acontecer neste plenário, e para o bem
do povo, para o bem dos educadores, para o bem da população de Porto Alegre,
dos filhos dos trabalhadores, este plenário caminha para aprovar a Emenda nº
09. Como muito bem disse o Ver. Cassio, ela não resolve o problema da educação
infantil na nossa Cidade, mas ela dá um gás, um suspiro às escolas de educação
infantil.
Então, eu queria dizer que o nosso Partido
caminha para a aprovação da Emenda nº 09; nós já encaminhamos, aqui,
segunda-feira a Emenda da Ver.ª Sofia, nós encaminhamos para votar contra o
Veto na segunda-feira, e, agora, encaminhamos para votar a favor da Emenda nº
09, para votarmos a favor dos trabalhadores, a favor dos filhos dos
trabalhadores, porque o local onde deixamos nossos filhos é nas creches
comunitárias, as creches de bairro, onde ficam os filhos dos trabalhadores.
Enquanto nossos filhos estiverem nessas creches
comunitárias, eles não vão estar envolvidos com o narcotráfico, não vão estar
nas ruas aprendendo o que não devem, não vão estar, em poucos anos, aumentando
a massa carcerária na nossa Cidade, no nosso Estado.
Quero dizer a todos vocês, gestores de creches
comunitárias, que podem contar conosco para o que precisar, e, principalmente,
para que possamos nos mobilizar para irmos a Brasília buscar mais dinheiro. É
lá que está o dinheiro, é de lá que nós temos que tirar dinheiro, é de lá que
tem que vir mais dinheiro para a educação infantil, assim como já foi dito por
outros membros desta Casa. É de lá que tem que vir mais dinheiro para a saúde,
porque é lá que ficam os 62% dos impostos arrecadados nesta Cidade, e é lá que
o dinheiro tem que ser distribuído para o povo. Em vez de darem R$ 444 milhões
em emendas para Deputados, que deem esses R$ 444 milhões para a educação
infantil, para os nossos filhos.
Com força, fé e solidariedade, nós vamos
melhorar a saúde do povo, e a educação das nossas crianças. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu quero aqui, primeiro,
agradecer a preocupação de alguns pares comigo. Anteontem, nós tivemos uma
votação preliminar, nós fizemos um cálculo, e o cálculo que eu fiz não batia,
pois tinha um voto diferente do que eu vi nas minhas andanças, no meu dia a
dia. Mas as pessoas tiveram o maior respeito comigo, e, para mim, isso é o que
mais importa. E eu queria aqui agradecer a uma pessoa especial, que é a senhora
Jussara Cabeda; nós tivemos vários embates aqui nesta Casa, vários embates na
CUTHAB, em razão das dificuldades em relação ao pagamento das contas.
Nós aqui muitas vezes avaliamos uma forma de
administrar, este ano, o Orçamento, sabe-se, está raspado até o tacho, mas
também temos que administrar a situação.
Eu subi aqui antes para falar no dia de
ativismo, falar das mulheres, e agora quero falar da situação das mulheres que,
muitas vezes, na periferia, são mãe e pai, além de ter os seus filhos pequenos,
têm que administrar o seu lar e também têm que ter um espaço na sociedade.
Então, nessas andanças, mesmo entendendo a preocupação do Sr. Prefeito e da
Secretária de Educação, por quem tenho um carinho muito especial, mesmo
entendendo a parte da área técnica, eu não posso me furtar, Ver.ª Jussara,
sabendo das dificuldades que existem há muito tempo, de votar a favor desta
emenda, uma emenda popular, trabalhada e criada por todos os militantes das
periferias. Então quero dizer, quanto ao meu voto, que não precisavam ter ido
me buscar lá dentro. Eu tenho minha consciência bem tranquila e jamais iria
frustrar futuros cidadãos, mulheres que têm na creche um instrumento para
melhorar um pouquinho a sua renda. Então quero dizer que votarei a favor da
Emenda nº 09.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste. Eu, dificilmente, venho aqui para defender
projetos que tramitam nesta Casa e que vêm aqui para votação. Mas esta é a
minha bandeira, como todos sabem: a criança, o jovem. Porque é dessas creches
que saem os grandes jogadores de futebol, tanto do Grêmio quanto do
Internacional. Então essas crianças merecem ser esses grandes cidadãos do
amanhã. Eu sei da ansiedade de vocês para que a gente vote, por isso quero
dizer, com todo carinho – não só agora, estou aqui há seis anos e até 2016 eu
tenho mandato –, que todo projeto que vier aqui que for favorável às crianças
carentes, com quem eu convivi e convivo nas vilas, nos bairros, tentando passar
coisas boas, como o projeto do esporte... E hoje eu vejo em uma creche no
bairro Mário Quintana essa guria lutando por 40, 50 crianças, que amanhã, serão
grandes cidadãos da nossa Cidade. Por isso, podem ter certeza que o meu voto é
“sim”. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, a Emenda nº 09, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 22 votos SIM e 08 votos NÃO.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Mario Fraga, que solicita que sejam votadas em bloco as Emendas nos
16, 18, 35, 48, 52, 64, 80, 103 e 108, destacadas, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) A
Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Só para
registrar que a nossa Emenda nº 16, que aumenta os recursos para o fomento ao
teatro e à dança está prevista no bloco. Então, encaminhamos “sim” para o
Requerimento para que sejam aprovadas as leis que são das reivindicações dos
artistas, do SATED, de todos aqueles e aquelas que querem a cultura como um
direito.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Encaminho
pelo PT, mais uma vez, parabenizando a construção da cidadania e a escuta
atenta e colaborativa que muda muito a cara desta Câmara. Eu estou muito
emocionada, quero parabenizar vocês, os Vereadores e as Vereadoras.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, para economia de tempo, só queria dizer que também concordo com o
aumento dos recursos para a cultura, menos de 1% do Orçamento do Município para
a cultura é muito pouco, nós precisamos aumentar. Da mesma forma que,
historicamente, acho que é muito pouco o recurso para o desenvolvimento
econômico. Não existe recurso para cultura, para saúde, para educação, para
nada, se nós não tivermos uma Cidade com desenvolvimento econômico e o recurso
alocado sempre na SMIC é muito pequeno. Portanto, eu voto favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Encaminho
em nome do meu Partido, do PROS e do PSD, dizendo que nós damos acordo e, na
hora dos destaques, não vamos discutir os destaques que tínhamos nessas
emendas, para que sejam votadas em bloco.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Encaminho
em nome da Bancada do PTB, também somos favoráveis ao Requerimento e, em
especial, lembrando, à Emenda nº 80, que é o repasse do recurso da UAMPA, no
valor de R$ 150 mil, que está contemplado no bloco. As lideranças da UAMPA
estão aí também há vários dias defendendo esse encaminhamento.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Pelo
PSB, nós também vamos encaminhar favoráveis, lembrando que a Emenda nº 108 é de
relator, porque ela tinha um defeito nas fontes de recursos, agora, está
equalizada, e estamos favoráveis como todas as demais que estão aí.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
A SRA. JUSSARA
CONY: Nós
encaminhamos favoravelmente, destacando a importância das Emendas nos
108, 10, 16 e da Emenda da UAMPA, parabenizando a UAMPA também por toda essa
luta, junto com o pessoal da cultura, das creches, enfim, a importância dessas
emendas. A Bancada do PCdoB dá acordo.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. WALDIR
CANAL: Encaminho
favoravelmente em meu nome e em nome da Ver.ª Séfora. O PRB votará favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Presidente,
cumprimento também o Ver. Mario Fraga, nosso Líder do Governo, que fez a
construção desse consenso de encaminhamento para agilizarmos a votação do
Orçamento, destacando aqui as emendas que serão contempladas do Ver. Dr.
Thiago, do Ver. Delegado Cleiton e deste Vereador, portanto, também contemplado
o PDT nessa construção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr.
Presidente, não é por eu ser copartícipe de uma das emendas que se encontram
envolvidas, junto com a Ver.ª Sofia, Ver. Dr. Thiago, Ver. Kevin, Vereadores
que apoiam a ACM, não é por isso e nem por termos uma amiga, minha e do Kevin,
dirigindo a Restinga, que eu vou me somar, é uma medida de bom senso. Se há
parecer favorável e é possível construir esse acordo, meus parabéns, Ver. Mario
Fraga, e meus parabéns a Casa.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Presidente,
eu quero me somar favoravelmente à emenda que fomenta a cultura em Porto
Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Mario Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO, com o
voto contrário do Ver. Nereu D’Avila.
(Manifestação das galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, o bloco composto pelas Emendas nos 16, 18, 35, 48, 52, 64,
80, 103 e 108, destacas, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
Em votação a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste,
representantes da ONG Bicho de Rua, enquanto o Orçamento aumentou quase 3% de
2014 para 2015, aconteceram reduções que nos chamaram a atenção em áreas em que
temos interesse, por exemplo: na área ambiental, foram reduzidos 55% neste
Orçamento, significando em torno de R$ 54 milhões; a SEDA teve seu orçamento
reduzido em 30%; trabalho e emprego, em 28%; habitação, DEMHAB, em 24%,
sabendo-se que há um déficit habitacional em Porto Alegre; Cultura, até então,
20%, sem considerar estas emendas. As maiores reduções foram justamente na
SMAM, com R$ 74 milhões; no DEMHAB, com R$ 44 milhões; na SMOV, com R$ 36
milhões; na Cultura, com menos R$ 15 milhões e, na SEDA, com menos R$ 2,5
milhões. Observa-se que a Fazenda teve um aumento de R$ 30 milhões. Então, é por
isso que, não sendo uma área finalística, nós analisamos e entendemos que esse
remanejo de recursos não vai fazer diferença para uma área que não tem atuação
operacional para esterilizações, atendimentos e manutenção do próprio Canil.
Conforme observamos aqui – o gráfico é pequeno
–, nós temos uma redução diária. Considerando setembro de 2012 até agosto de
2014, a média diária baixou para 10 esterilizações. Ora, vejam bem, nós temos
mais de 600 vilas, nós temos uma procriação significativa, basta andarmos pela
periferia. Esse paliativo, pingado, de controle populacional não vai resultar
em redução de despesas com a saúde e atendimento, e a sociedade é que acaba
pagando a conta. A proteção animal tem que sobreviver, por falta de políticas
públicas, com brechós, e isso não significa uma boa gestão. Se temos uma
Secretaria com tantos CCs, e não venham criticar a qualidade dos CCs, que façam
então essas reduções ou coloquem mais funcionários para aumentar o que foi
proposto, para isso foi criada a Secretaria.
A nossa proposta é justamente para tentar repor
parte do que existia no passado, que é o que mais se reivindica, que é o
controle populacional, que é toda essa demanda de falta de atendimento aos
maus-tratos. Se a própria Secretaria diz que tem 400 mil animais nas ruas, a
própria Secretaria diz que não consegue atender mais de 15 mil chamadas
pendentes, como fica a população?
Muitos não conhecem essa área, mas a causa
animal é uma causa que gera emprego e renda, mais de 800 mil empregos
indiretos, mais de 250 mil empregos diretos e fatura valores bilionários.
Então, não estamos retirando nada que seja para humanos. Estamos apenas
buscando valores para manter o animal, separando recursos que entram através
dos animais. Nossa proposta é esta, e estranhamos que uma área que não é
finalística tenha um aumento de R$ 30 milhões. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, toda população de Porto Alegre
e do Rio Grande do Sul sabe do engajamento da Ver.ª Lourdes Sprenger com a
questão animal, também da sua luta em defesa dos animais e, principalmente, o
que ela vem defendendo em relação à questão da esterilização dos animais. O que
se estranha muito é que, no ano passado, aprovou-se R$ 3,8 milhões, nesta Casa,
para a SEDA, livre de rubrica. Porém, indo às vilas de Porto Alegre, pode-se
notar que aumentou o número de cães e gatos, e, mesmo assim, esse valor foi
reduzido. E quando a Vereadora tenta corrigir isso, colocando uma rubrica –
Vereadora do partido do Vice-Prefeito desta Casa, uma Vereadora que é da base
do Governo –, a sua emenda é rejeitada na integralidade, sequer é feita uma
subemenda para permitir que seja implementado, no ano que vem, na cidade de
Porto Alegre, um plano real de esterilização de animais. Um plano real de
controle desses animais que andam nas ruas da nossa Cidade, principalmente a
questão dos cães e gatos.
Nós viemos aqui encaminhar para que se aprove a
Emenda nº 20, da Ver.ª Lourdes, e que o Governo depois chame a Vereadora e
recomponha – já que vai ter uma nova Secretária para essa área da SEDA –, faça,
de fato, a política de controle de vacinação desses animais, para que a gente
possa ter mais segurança nas vilas de Porto Alegre, onde, cada vez mais se
proliferam os cães, se proliferam raças indefinidas de cachorros, que se
procriam cruzando animais que fazem o pit
bull e o rottweiler parecerem
cachorros dóceis, tal é a mistura de raças que fazem na nossa Cidade. Obrigado,
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM, 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação a Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Dando
continuidade às nossas emendas, o que estamos tentando é recompor o Orçamento
de 2014 e também, diante de informações oficiais da Prefeitura, que desde 2012
tenta criar o hospital veterinário gratuito, oriundo de um convênio com uma
empresa, a Vicenza, e que não estava registrado no Orçamento, estamos
apresentando essas emendas. Porque, se a população fica, durante dois anos,
lendo que há essa proposta, e não aparecem os recursos, e novamente se fala,
então criamos uma emenda. Porque mesmo que seja uma doação, vamos ter despesas
com pessoal, aumento de veterinários, aumento de materiais, com cirurgias, pois
a doação é do hospital, mas não dos seus atendimentos. E, além disso, também,
se aumenta, precisa de mais fiscalização. E temos observado que as
fiscalizações também decaíram, de 25 ao dia caíram para 17, em agosto de 2014.
Então, como estamos inseridos nestes movimentos junto à sociedade e à proteção
animal, estamos propondo também esse incremento de R$ 333 mil, e deixamos à
avaliação dos Srs. Vereadores, porque, certamente, todos os gabinetes aqui
recebem chamadas, recebem pedidos de atendimento, e muitos até encaminham para
o nosso gabinete. Então, nós estamos tentando não extrapolar, mas apenas
recompor algumas informações que são oficiais do Governo e que, na hora do
Orçamento, não estão contempladas. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, aquela
nossa saudação; a Ver.ª Lourdes sabe bastante bem, conhece o assunto e sabe que
o relatório está muito acertado. A Ver.ª Lourdes propõe recursos de R$ 330 mil
e retira recursos da verba de pessoal da Secretaria da Fazenda do Estado. A
própria Constituição diz que não é permitido – e a Ver. Lourdes sabe disso –
oferecer recursos de pessoal e encargos. A amiga Vereadora retira recursos da
rubrica de pessoal, isso não é possível, inclusive porque está previsto na
própria Lei Orgânica, art. 121, § 2º, inc. II, alínea a. Essa emenda é bastante
interessante no sentido da discussão política, mas eu tenho absoluta certeza de
que a própria Ver.ª Lourdes vai votar contrário a sua emenda por um equívoco
que é insanável. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Clàudio Janta, a Emenda nº 21, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 14
votos SIM, com o voto de
desempate do Presidente, 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O Sr. Mario Fraga: Sr.
Presidente, solicito a renovação de votação da Emenda nº 21, destacada, ao PLE
nº 036/14.
O Sr. Cassio Trogildo:
Sr.
Presidente, também solicito a renovação de votação da Emenda nº 08, destacada,
ao PLE nº 036/14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito que entreguem requerimento à Mesa.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Bosco Vaz, a Emenda nº 30, destacada, ao PLE nº 036/14 (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 13
votos SIM e 11 votos NÃO.
Em votação nominal, por solicitação do Ver.
Clàudio Janta, a Emenda nº 32, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 10
votos SIM e 13 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, a Emenda nº 33, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA 10 votos SIM e 15 votos NÃO.
O Sr. Mario Fraga
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mario Fraga. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Vinte
Vereadores presentes. Há quórum.
Em votação a Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para encaminhar a
Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Nós
estamos fazendo esta emenda, porque quem está há mais tempo nesta Casa sabe
muito bem o que foi a luta para aprovar, em 2008, a lei de retirada das
carroças com inclusão social. Foi mal compreendida, porém, os Vereadores da
Casa votaram esta lei. Depois, teve uma resolução que dividiu a Cidade em
quatro zonas, proibindo, na zona 1 e na zona 2, até agora, a circulação de VTHs
e VTAs, ou seja, os carrinheiros e carroceiros estão proibidos de circular. Mas
ainda se observam alguns deslizes na fiscalização, porque temos ainda a
circulação das carroças. Porém, tem mais um atuante: existe um inquérito civil
aberto na Promotoria da Ordem Urbanística, acompanhando, trimestralmente, os
trabalhos desenvolvidos pela Prefeitura, para trabalhar a capacitação dos
carroceiros e seus familiares para outras atividades de serviço.
O BNDES aprovou R$ 9 milhões, divulgados
oficialmente, para auxiliar nessa inclusão social, e a Prefeitura se
comprometeu com mais R$ 9 milhões. O que estranhamos é que, neste orçamento, os
valores ficaram zerados. Então a nossa preocupação é que não tenhamos mais
problemas, que esse inquérito não vá parar na justiça, que realmente se faça a
inclusão social. E não me venham dizer que o valor está por dentro ou que está
em outra proposta do orçamento, porque nós olhamos todas as rubricas em que
constam os programas sociais, e lá diminuiu também, então esse valor
desapareceu. Nós temos essa preocupação de que, no que se refere a essa lei,
efetivamente, seja cumprida a inclusão, nas zonas 1 e 2, dessas pessoas, e
também na zona 3, que entrará em março de 2015, e na zona 4, em 2016.
Este é o nosso registro: onde foram parar os
recursos que, no ano passado, constavam no orçamento, e, este ano, a Secretaria
da Fazendo fez uma nova análise e retirou? Nós temos todo esse emaranhado de
defesa, já está na Promotoria da Ordem Urbanística, a Prefeitura tem esse
compromisso, bem como os projetos para que o BNDES venha a liberar recursos.
Então é nesse sentido que nós estamos registrando duas emendas, porque assim
foi feita a apresentação no Orçamento.
E estamos tirando, sim, os valores que falam em
consultoria, e vários itens do DMLU, então que desmembrassem o que é
consultoria, o que são outros tipos de serviço, porque, se fosse no caso de
evolução da implementação de contêineres, nós não iríamos fazer, porque é algo
que a população quer muito, mas consultoria nós temos, sim, que deixar o lado
que já está legalizado, comprometido com recursos e não como está. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir a
Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a Ver.ª Lourdes apresenta
duas emendas, a nº 39 e a nº 40, uma no valor de R$ 1,35 milhão e a outra de R$
3,68 milhões. Isso são R$ 5 milhões para duas emendas. Ela propõe, como fonte
de financiamento para isso, a retirada de verbas do DMLU, verba completamente
comprometida para contratos já firmados ou a firmar para a execução de serviços
de limpeza urbana na cidade de Porto Alegre com valores muito altos. Com essas
duas emendas nós, praticamente, retiramos recursos na ordem de R$ 5 milhões do
DMLU. Foi por isso que apresentamos um parecer sugerindo a reprovação da
emenda. Vamos continuar com essa posição de se votar contrariamente à emenda.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, esse tema tem duas dimensões sobre as quais eu gostaria de
falar com a Ver.ª Lourdes a quem respeito muito, que tem construído uma posição
autônoma, importante na Casa, e que tem uma luta continuada e séria na defesa
dos animais. Quero dizer que a respeito muito por isso e pela sua postura. Tem
votado com uma autonomia e procurando conhecer tema por tema. Então, Ver.ª
Lourdes, é a homenagem a V. Exa. que a Bancada do Partido dos Trabalhadores
faz.
Tem o tema da retirada das carroças. Nós
compreendemos e somos totalmente favoráveis à substituição progressiva da
tração animal nesta Cidade, porque achamos que os nossos carroceiros e os
nossos animais – não só os animais, como também as pessoas – estão expostos a
um trânsito absurdo, a uma atividade insalubre, a situações de riscos,
inclusive os adolescentes; e os nossos animais com a sobrepeso, vivendo
situações que são estranhas a sua vida. Nós, inclusive, conhecemos as péssimas
condições de acomodação dos animais junto às moradias, seja aqui na Bom Jesus,
no Mato Sampaio, que, às vezes é do lado da casa, às vezes, dentro da sala, a
falta de condições de alimentação adequada, etc.
Então, tem um fenômeno urbano muito importante
para ser tratado com a complexidade que envolve. Quando nós fizemos o debate da
Lei do Ver. Sebastião Melo, há alguns anos, nós dizíamos, Ver.ª Lourdes, que
não aceitávamos, simplesmente, uma data de término, que tinha que ter um
investimento, que é o que a senhora propõe: investimento. E investimento, senhores,
é de médio e longo prazo, porque uma pessoa que não foi à escola, que não
construiu outra forma de sobrevivência, que tem a carroça, o lixo e a
reciclagem como a sua vida, a morfologia da sua casa... Quem conhece a vila
Santo André, aqui no Humaitá, vai ver que as famílias inteiras vivem ao redor
da reciclagem do lixo, da coleta e da reciclagem. E para nós fazermos uma
transformação, isso não se faz com violência, com prazo, com falta de diálogo;
se faz com oferta de oportunidade, se faz com tempo geracional, porque é
fundamental – e acho que o Bolsa Família ajuda muito nisso – que todas as
crianças, que todos os adolescentes sejam afastados do trabalho infantil,
estejam integralmente na escola e na assistência social. E aí, já não contem
mais para o trabalho junto à família, porque elas rendem mais com o Bolsa
Família. Então, a mãe não põe mais a criança nem a mendigar, nem a reciclar,
porque, a criança na escola dá R$ 500,00 ou R$ 400,00 no fim do mês. E isso faz
uma transformação geracional. Essa geração não irá mais para esse trabalho
porque já encontrou alternativas concretas, reais. Então, primeiro, nós somos
contra tempo, prazo, segundo, tem que pôr muito recurso, então, nesse sentido,
nós votamos com a Ver.ª Lourdes. São R$ 230 milhões em consultorias no DMLU!
Senhores, é muito dinheiro em consultoria. E isso tem sido um problema grave em
outras Secretarias. Ou seja, se considerar o volume de R$ 5 milhões, é muito
coisa, mas, diante de R$ 230 milhões em consultorias, é muito pouco, e, diante,
Ver. Sgarbossa, do tamanho da complexidade de oferecer uma outra vida... E
passa, sim, por ter nesta Cidade alternativas com tecnologia, com proteção,
para que as famílias trabalhem na reciclagem. A reciclagem é uma atividade
muito necessária às sociedades modernas – e a educação ambiental para a redução
ao máximo do lixo é muito necessária –, mas ela tem que ser protegida, tem que
ser em galpões. Não pode ser como na cidade de Porto Alegre, que está cheia de
transporte clandestino de lixo! Lá em frente da minha casa eu não tenho o gosto
do DMLU pegar o lixo seletivo que eu ponho nas segundas-feiras e nas
quintas-feiras, porque, antes, passam não mais carroceiros, passam
caminhãozinho e recolhem o lixo. E nós sabemos como ficam as vilas. Porque o
descarte fica todo amontoado na casa, as pessoas vivem ao lado dos ratos.
Então, nós temos que ter fiscalização, temos que ter construção de galpões, e
para isso precisa de muito dinheiro! Porque para viver da reciclagem em
pequenos galpões, Ver.ª Lourdes, precisa-se de grana, de recursos. Mas eu
acredito nos galpões, onde a gente pode fazer um grupo cooperativo, coletivo,
trabalhando na reciclagem do lixo com tecnologia e proteção. Então, votaremos a
favor, com essa dimensão. Não é uma questão de prazo, é uma questão de investimento
humano, geracional e ambiental para Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Márcio Bins Ely, a prorrogação da
Sessão por mais duas horas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 24 votos SIM.
O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 39,
destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, eu não vou usar os cinco minutos, para tranquilidade de
meus colegas. Eu queria só lembrar à Ver.ª Sofia que quem criou tudo isso,
Ver.ª Lourdes, quem criou esse negócio de carroça, de homem puxando carrinho,
de cavalo puxando carrinho foi o PT – um tal de irmão Chiquinho, que tem ali na
Ilha, que é meu parente, querido irmão marista, mas nessa ele errou feio.
Parece-me que ele não queria tudo isso, mas o PT se apropriou e transformou a
cidade de Porto Alegre... Veja bem o que eles diziam: “É uma maneira de dar
emprego e criar renda através do lixo”. Foi através da submissão de homens e
animais, foi isso. Só que não adianta tentarmos compensar esse dinheiro tirando
do DMLU. O DMLU precisa desse recurso, e eu fico aqui entre a cruz e a espada,
com a emenda da Ver.ª Lourdes e a necessidade de não retirar dinheiro do DMLU,
Ver. Ferronato.
Não tem como tirarmos dinheiro do DMLU sob pena de deixarmos a Cidade... Graças
a Deus diminuiu o número de carroças, e isto precisa ser eliminado
completamente: zero cavalo puxando carroça em Porto Alegre. Eu acho que renda
não se tira do lixo com a submissão de pessoas que ficam lá nos galpões
trabalhando. Nós temos mais obrigações do que fazer isso, do que fazer
trabalharem só com lixo. E tem como fazer treinamento para dar empregos dignos.
Acho que para isso, sim, nós temos que garantir recursos, Ver.ª Lourdes. Mas
não posso retirar do DMLU esses recursos que são tão necessários para cuidar
das nossas ruas, das nossas calçadas, dos locais onde precisa ser recolhido o
lixo. Então, Ver. Bosco, acho que temos que pesar isso, e eu não vou poder, Ver.ª
Lourdes, acompanhá-la nesta emenda específica. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº 036/14, pela
oposição.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA:
Vou falar aqui como oposição, e tanto a bancada do PCdoB como a do PSOL podem,
eventualmente, fazer correções ou ressalvas na minha fala.
Em primeiro lugar, Ver. Cecchim – que disse que
é indigno trabalhar com lixo –, hoje, o recolhimento realizado pelas empresas é
feito com homens – não vi nenhuma mulher até hoje – correndo atrás do caminhão.
Acho que nem na era medieval existia um trabalho tão indigno, tão penoso.
Ultimamente, estão colocando contêineres, mas em poucas partes da Cidade.
(Aparte antirregimental do Ver. Idenir Cecchim.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA:
Enquanto nós não tivermos dois contêineres, será difícil.
Quando surge algum problema na Cidade, o
Vereador coloca a culpa no PT; ele nem lembra que faz dez anos que está na
Prefeitura, mas tudo bem.
Então, temos que pensar no recolhimento do
resíduo com um novo paradigma. Ainda bem que tem pessoas que se dedicam a esse trabalho e que podem
fazer, sim, uma coleta mais eficiente e humanizada. Digo isso porque conheço
recicladores, catadores que têm combinação, eles combinam com as lojas o
horário; já existe informalmente uma combinação com muitos estabelecimentos
comerciais, com muitas residências: o reciclador, o catador, o carroceiro, o
carrinheiro deixa o telefone; a pessoa liga e diz: “Comprei uma televisão, tem
aqui um papelão, pode vir buscar”. É isso, um novo paradigma. Algumas cidades
do Rio Grande do Sul já estão fazendo isso, aproveitando essa mão de obra com
dignidade, é verdade.
Uma sugestão que nós desenvolvemos com o
gabinete, junto com a Fundação Liberato, de Novo Hamburgo, foi um protótipo de
uma bicicleta com um espaço atrás para carregar o resíduo, o material
reciclado; esta bicicleta já tem tecnologia desenvolvida com energia elétrica.
Então, vejam, não estamos aqui falando de um trabalho indigno. Estamos falando
de um trabalho humanizado, mais eficiente – e mais: em sintonia com a Lei
Nacional de Resíduos Sólidos, que dispensa a licitação se o Poder Público
contratar diretamente com as cooperativas e associações. Vejam, há um estímulo
federal para a contratação direta de cooperativas e associações de catadores e
recicladores. Então, é um novo paradigma.
Se nós, aqui, ficarmos dizendo que o trabalho
com o resíduo, que se pode chamar de lixo, mas é o resíduo, que é riqueza... E
os países que não entenderam isso talvez estejam ainda num patamar
civilizatório muito inferior, que é um pouco o nosso caso aqui, refletido muito
através das falas. Então, se começarmos a pensar num novo paradigma, em que a
coleta seletiva seja feita de forma humanizada, mais eficiente... Ou vocês
acham que a forma como está sendo feita a coleta está perfeita? Eu tenho fotos
de bairros, do Centro da Cidade, do Menino Deus, onde moro, em que a coleta não
está funcionando. Em plena Getúlio Vargas com Botafogo, o lixo fica
esparramado. Claro, o sujeito não consegue fazer direito, na corrida, com o
caminhão andando, sem parar, reduzindo, só joga as sacolas de lixo. Enfim, nem
preciso retratar aqui aquela cena medieval.
Então, faço um convite, aqui, para pensarmos
outras formas, outras tecnologias. É verdade que é lei. Podem dizer que já foi
um debate e que já virou lei. Bom, lei pode ser revogada. A preservação dos
direitos animais não se choca com a possibilidade de fazermos um outro paradigma
na coleta seletiva do orgânico e do seco em Porto Alegre. Pode passar, por
exemplo, por esta ideia de bicicletas com motores elétricos que dispensem tanto
aquela brutalidade do carrinheiro como do carroceiro que utiliza o cavalo.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 39, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, antes de mais nada, meus
cumprimentos aos colegas que, há poucos momentos, decidiram, unanimemente,
prosseguirem trabalhando aqui na Casa, apesar do adiantado da hora, prorrogando
a Sessão Ordinária por mais duas horas. É bem verdade que vimos 22 votos
favoráveis nesse sentido, nenhuma abstenção, nenhum voto contrário e na pedra
estão registradas as presenças de trinta e poucos Vereadores; há alguns dez que
devem ter-se perdido por aí!
Eu não quero, Sr. Presidente, me prevalecer
dessa liberalidade do tempo prorrogado, para, objetivamente, colocar uma
posição já firmada, bem refletida e que embasa o meu posicionamento.
Basicamente, as Emendas de nos 39 e 40 estão prejudicadas, pois as
fontes indicadas como origem dos recursos estão totalmente comprometidas com
contratos continuados da gestão do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
Sendo que a retirada de recursos poderá, certamente, comprometer a execução e
ampliação dos serviços prestados pelo DMLU em relação ao tratamento de resíduos
sólidos urbanos, transbordos, transporte de resíduos, disposição final,
monitoramento e manutenção de aterros encerrados, estudos e projetos de
alternativas de tratamento e/ou valorização dos resíduos sólidos urbanos,
mapeamento e recuperação de passivos ambientais causados pela disposição
pretérita de recursos sólidos.
É o problema do cobertor curto: se puxa de um
lado, destapa a cabeça; se puxa do outro, destapa o pé. Em verdade, nesse
sentido inclusive, a Liderança do PMDB já fez um belo pronunciamento, não há
como se comprometer, a atuação do DMLU é absolutamente necessária e fundamental
para a vida urbana na Cidade. Por isso, o meu voto, nesse particular, com o
maior carinho e maior respeito pela autora, é contrário.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Mario Fraga, Clàudio Janta e Nereu D'Avila, a Emenda nº 39, destacada, ao PLE
nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM, 16 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, é um programa que iniciou e
que deve ser continuado, mesmo porque existe uma legislação. Se não podemos
retirar recursos de consultoria, se não podemos tirar recursos de um pacote de
itens, o programa certamente ficará comprometido, mas nós temos ainda uma
tranquilidade, caso isso não seja recomposto, porque temos o Ministério Público
conosco, que está acompanhando os cursos realizados, o tipo de inclusão que
está sendo feita, que busca informações a cada trimestre e repassa para o
gabinete. Nós já temos levantamentos para levar sobre as zonas proibidas. Eu
quero deixar claro que são recursos que indenizam, em relação às carroças, aos
cavalos, promovem cursos conveniados, para que essas pessoas possam realizar
outras tarefas, saindo das ruas, ou mesmo para melhorias em galpões de reciclagem.
Então, nós estamos deixando registrado esse
nosso trabalho, comprometido com o que já foi definido aqui nesta Casa, e
sabemos que não está tudo resolvido. Se estivesse tudo resolvido, nós não
teríamos carroças circulando, o que envolve a fiscalização da EPTC, a
disponibilização, a cada trimestre, de curso aos carroceiros, para eles
poderem, a cada três meses, ganhar uma carteirinha, significando que estão
incluídos na capacitação. Ainda vimos isso muito lentamente e não vamos
desistir. Nós não vamos desistir. Se esse recurso não pode sair de consultoria,
de vários itens em relação a esses 230 milhões... E há mais uma atenuante: o
BNDES passou 9 milhões, e os 9 milhões não estão previstos em lugar nenhum. Eu
não achei em nenhum programa. Ainda há o compromisso da Prefeitura, que ia
participar com R$ 9 milhões; no ano passado constava R$ 3 milhões na mesma
rubrica, mas este ano não está. Nós estamos fazendo a nossa parte, buscamos que
seja cumprida esta lei.
Também quero me adiantar, Sr. Presidente, e já
falar da Emenda nº 41, que vai vir à discussão, que fixa condições concretas
para construção do hospital. O Fundo Municipal dos Direitos Animais não teve
programas, não tem recursos, o conselho gestor do Fundo reuniu-se apenas
informalmente, não veio a ata. Então, estamos propondo o valor que vai ser
doado, mas que fique registrado, ele tem que estar registrado em algum lugar. É
um convênio? Onde estão os R$ 3,5 milhões? E, depois, as outras despesas a
gente já apresentou.
Queremos registrar que essa promessa da
construção do hospital vem desde a campanha eleitoral de 2012, que a empresa
informada oficialmente pela Prefeitura é a Nova Vicenza. O que queremos é que,
no Fundo, conste este valor, porque ele foi criado há 30 meses para receber em
torno de 20 projetos, mas não tem um só centavo. Então pediria a consideração
dos Vereadores, pois temos que dar visibilidade, sim, ao que a Prefeitura
promete, ao compromisso com a legislação, com a resolução da própria
Prefeitura, que abriu, em quatro regiões, a retirada das carroças, e ainda
temos muitos problemas na Zona 1 e 2. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Presidente,
Ver. Mauro Pinheiro; Vereadoras e Vereadores, fico atenta, observando e
escutando as defesas bonitas de uma Cidade que deve ser irreal, porque não é a
ideal, quando vejo a Ver.ª Lourdes, com todo o respeito, entrar com uma emenda
que retira dinheiro do DMLU. Muito bem, carroças resolvidas, e o lixo espalhado
pela Cidade! Nós sabemos muito bem da real situação desses departamentos, não é
possível que os senhores e senhoras não entendam o que está acontecendo na cidade
de Porto Alegre. Eu me comovo, sim, com a causa animal, agora me preocupa
tremendamente a situação do DMLU. As Emendas nos 39 e 40 estão
prejudicadas, pois as fontes indicadas como origem de recursos estão totalmente
comprometidas com contratos continuados e gestão do DMLU. Sendo que a retirada
de recursos poderá comprometer a execução e a ampliação prestadas pelo
Departamento em relação, vejam bem, ao tratamento de resíduos sólidos urbanos,
transbordos, transporte de resíduos, disposição final, monitoramento,
manutenção de aterros encerrados, estudos, projetos alternativos de tratamento,
valorização dos resíduos sólidos urbanos, mapeamento e recuperação de passivos,
ambientais causados pela disposição de resíduos sólidos.
Eu sou jornalista, senhor e senhoras – não sou
engenheira, não sou química –, e, quando pego uma matéria, quando vejo alguma
coisa, eu me assessoro, eu pego um assessoramento jurídico, de pessoas que
entendam. Eu não posso retirar dinheiro de um Departamento que vai fazer falta.
Amanhã ou depois, nós vamos andar pela Cidade com lixo espalhado pelas ruas e
por aí afora. Por quê? Tiramos dinheiro de um Departamento que já está, nós
sabemos, necessitando de mais investimentos. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14, pela oposição.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr.
Presidente, eu não poderia renegar um espaço da oposição para me defender de
colocações de uma Vereadora que não sabe eu acho nem o que é carroça, uma
Vereadora que está num outro patamar social. Eu atuo na periferia, Verª Mônica,
V. Exa. antes de falar que eu precisava me assessorar, a senhora deveria saber
que eu venho, desde 2005, construindo a lei de retirada das carroças com
inclusão social. Então, o que a senhora disse eu nem vou considerar, porque
realmente a senhora desconhece o que é a lei de retirada das carroças e
inclusão social, porque a senhora não estava aqui. Quem muito nos ajudou foi o
Ver. Beto Moesch, do seu partido. Então, isso aqui é para defender o que eu
acredito, e eu usaria qualquer espaço, e eu agradeço muito à oposição que me
cedeu esse espaço para me defender, porque vir aqui e descredenciar,
desqualificar um colega é muito deselegante, Ver.ª Mônica. Eu costumo respeitar
os meus colegas. Eu costumo falar daquilo que eu conheço e, modéstia à parte,
conheço muito o Orçamento e conheço essa lei. Conheço o galpão de reciclagem e
acho que a senhora nunca pisou num galpão de reciclagem para ver o que aquelas
pessoas passam, para ver os animais abandonados lá, para ver os cavalos comendo
lixo, porque não há dinheiro para alimentá-los. Então, a senhora não venha
falar alto aqui e ser douta numa matéria que a senhora não domina! Era isso,
muito obrigada à oposição.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14, pelo
Governo.
A SRA. MÔNICA
LEAL:
Bom, retomando a palavra, se eu quisesse desqualificar alguém nesta tribuna, o
primeiro item que eu citaria seria a falta de fidelidade a um Governo para o
qual nós fomos eleitos. Eu costumo dizer, na minha caminhada, que lealdade é
como mulher grávida: não existe mulher mais ou menos grávida, não existe mulher
ou homem políticos mais ou menos leais. Mas isso é uma outra questão. Eu subi
nesta tribuna para dizer que a senhora deveria se assessorar juridicamente,
como eu me assessoro, como tantos se assessoram, e não na questão de carroças,
animais, bichos... Quanto ao fato de senhora referir que eu venho de outra
camada social e não entendo de carroça, não vou nem perder meu tempo lhe
explicando, porque as pessoas não têm culpa, não escolhem, mas não quer dizer
que eu não conheça a real necessidade da população. O que eu me impressiono,
Ver.ª Lourdes, é que a senhora entre com uma emenda, e me impressiona mais
ainda que não tenha se assessorado juridicamente e desconheça que para tirar
esse dinheiro de um departamento como o DMLU, a senhora vai fazer furo, vai
causar um transtorno, e esse transtorno será sentido no dia a dia desta
população.
Eu subi à tribuna para que a televisão mostre à
população que, no momento em que nós vamos colocar esse valor para uma
determinada área, nós estamos tirando da área necessária, do dia a dia, o que
não pode, de forma alguma, ficar sem esses valores.
Agora, a Ver.ª Sofia, que liberou este espaço,
que aplaudiu, deveria, pela sua experiência, que está na Câmara, no Plenário,
lhe dizer o sentido dessa colocação, porque ela é, nada mais, nada menos do que
real. Uma coisa é o mundo ideal que
a senhora quer colocar, é uma emenda demagógica. Se a senhora se ofendeu com o
que eu disse aqui, que é uma emenda demagógica, eu não posso fazer nada. Eu
tenho que dizer a verdade para esse povo que está aí, porque nós não podemos
usar o mandato para fazer discurso demagógico. Eu sinto muito. Eu não faço
isto, eu não subo à tribuna se não tenho convicção, se eu não tenho certeza, se
eu não tenho assessoramento, se eu não tenho conhecimento. Agora, existem pessoas que fazem isso, sinto muito! Se ofende
dizer que a emenda é demagógica, sinto muito, essa é a verdade. Quem não
acreditar que vá pesquisar, pegue um assessoramento jurídico para saber como
nós vamos tirar recursos totalmente comprometidos do DMLU para essa causa que a
Ver.ª Lourdes defende. Sinto muito, essa é a verdade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
40, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. DELEGADO
CLEITON:
Sr. Presidente; Srs. Vereadores, eu encaminhei um projeto aqui para que fosse
estabelecida uma valoração para a qualificação da Guarda Municipal. Inclusive,
ouvi agora a Vereadora dizer que há falta de assessoramento e que não pode
tirar recurso da Saúde para colocar na Guarda. Não fiz isso. Quando se fala em
segurança pública – e alguns aqui querem ter o poder da segurança pública –, eu
não fiz, só para dizer isso. E quanto às carroças, Vereadora, eu acho que se a
senhora tem um Secretário do seu partido que, possivelmente, sabe dessa sua
emenda, eu votarei a favor da senhora.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sr.
Presidente, tentando voltar aqui ao tema – estávamos no tema, mas, digamos,
estava um pouco ácida a discussão. Eu trago aqui uma notícia de hoje, do site da Prefeitura de Porto Alegre, com
o título: “Mais uma turma de guardadores de automóveis conclui a formação”.
Está aqui, de 3 de dezembro de 2014. E salientou aqui a Secretária que há um
grande número de mulheres se formando como guardadoras de automóveis na Cidade.
Descreve aqui o que essas pessoas – que atuavam na coleta, recicladores,
carrinheiros, carroceiros – aprenderam. Tiveram aqui cursos de como receber o
cliente, de comunicação, de perfil pessoal, de atendimento como diferencial
competitivo, de como conhecer a padronização do guardador credenciado:
uniforme, crachá, recibo, identificação visual e a credibilidade, legislação de
trânsito pertinente à atividade, estacionamento, tíquete de entrega e retirada
de veículo, sindicato, associação. Estou lendo aqui o conteúdo do curso dessas
pessoas formadas, agora, no curso de guardadores de automóveis de Porto Alegre.
Eu não sei como o Município... Vejam, toda a
profissão tem uma dignidade. Guardar, cuidar de automóveis é uma profissão
digna, eu acredito que sim.
Eu pergunto: então a Cidade será mapeada, terá
guardadores na Cidade toda, o curso é esse? Se alguma pessoa quiser ser
guardador de automóvel, onde está disponível o curso?
(Aparte antirregimental.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Há
três anos – Ver.ª Lourdes, a senhora participou dessa reunião – levantamos,
está criada formalmente, a Delegacia de Proteção Animal. Tem que ser
severamente punido quem causa maus-tratos, até porque sabemos que, onde tem
maus-tratos aos animais, tem violência também na família. O sujeito que bate
num animal, maltrata, ele também é um sujeito violento com a sua família, via
de regra. Portanto, é um indicador importante de segurança pública.
Agora, comemorar que hoje se formou mais uma
turma de 19 guardadores de veículos? Eu estava lendo aqui, Ver. Bosco. Qual foi
o conteúdo do curso? Como receber bem o cliente – vou repetir alguns temas aqui
–, comunicação, perfil profissional, atendimento como diferencial competitivo.
Dar um bom atendimento ao cliente para tentar roubar o sujeito que estaciona o
carro, Ver. Janta? Eu não sei, eu acho que poderíamos discutir um outro patamar
civilizatório para esses temas. Eu agora não tenho a notícia aqui, mas, há um
tempo, existia curso de engraxate. A profissão é digna, mas por que não fazemos
cursos do coração do poder? Cursos de informática, cursos de gestão pública
para tentar incluir as pessoas onde, realmente, existe disputa de poder. Agora,
criar aqui uma cultura, e a Prefeitura está fazendo isso, comemorando que
formou mais uma turma de guardadores de veículos! Parece que faltaria uma
discussão mais de fundo, se nós vamos então, a partir de agora, incentivar mais
guardadores de carro nesta Cidade, já que é uma profissão incentivada pela
Prefeitura, ou, ao contrário, inserir as pessoas em profissões que tenham,
inclusive, mais rendimento. Há um conflito social aí, sabemos que há uma
opinião na sociedade contrária à existência de guardadores de carros.
No mínimo, estou problematizando para dizer que
essa política e as emendas que garantem recursos para ela estão indo nessa
direção, uma direção, efetivamente, higienista da sociedade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, a Emenda nº 40, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM, 19 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Cassio Trogildo e Clàudio Janta, a Emenda nº 41, destacada, ao PLE nº 036/14.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 05 votos SIM, 18 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº
036/14. (Pausa.) A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. JUSSARA
CONY:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; no ano passado, nós
aprovamos uma emenda, uma dotação orçamentária considerável. Na Comissão, o
Relator absorveu o significado da política municipal de plantas medicinais,
aromáticas, condimentares e fitoterápicas. No entanto o que nós aprovamos não
foi aplicado pelo Município de Porto Alegre para dar consequência a essa
política que entendemos estratégica não só sob a ótica de mais uma opção
terapêutica no Sistema Único de Saúde, com base no desenvolvimento da ciência,
da tecnologia, com base em estudos que estão sendo efetuados e no significado
dessa opção terapêutica para a geração de emprego, renda e saúde da população.
Mais do que isso, é uma articulação importante sob a ótica de que temos o
conhecimento tradicional, e de que hoje, no Brasil, temos avanços
significativos na formação e capacitação de profissionais da área, de uma forma
muito particular dos farmacêuticos, minha profissão, e avanços significativos
de que a ciência e a tecnologia aportem o seu conhecimento a esse conhecimento
tradicional, e eles não são antagônicos, são fundamentais e, nada mais e nada
menos, a ciência e a tecnologia têm que fazer isso.
Por outro lado, no debater da política de
plantas medicinais nesta Casa, aprovado por unanimidade, no projeto de nossa
autoria e do Ver. João Derly, nós sempre dinamizamos essa discussão, lembrando
que nós temos uma política nacional de plantas medicinais que começou a ser
elaborada no ano de 2003 e que hoje já se constitui em uma política que
dinamiza no Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul, sistemas locais de
produção, cadeias produtivas de plantas medicinais que são estratégicas para a
indústria farmacêutica no Rio Grande do Sul e que tem na indústria farmacêutica
gaúcha, em Porto Alegre, uma potencialidade enorme para a construção, a partir
das plantas medicinais, de medicamentos fitoterápicos. Sempre colocamos, nessa
discussão, que é importante o Município ter uma dotação orçamentária para
podermos dialogar com o Ministério da Saúde e com o Estado do Rio Grande do Sul
– e eu sou autora da lei, e da lei nacional sou uma das quatro profissionais
que foram chamadas para ajudar a construir, pela minha formação profissional
não só na área de graduação, de especialização, mas também, na área de
pós-graduação na nossa Faculdade de Farmácia da UFRGS, em Análise, Síntese,
Produção e Controle de Qualidade de Medicamentos, dedicando-me, na minha área
profissional, dentro da Universidade, de uma forma muito mais concreta à área de
plantas medicinais.
Então, nós estamos perdendo – aprovada por esta
Casa, uma política municipal, que dialoga com a estadual e com a nacional – a
oportunidade de ter uma contrapartida aqui, que é necessária, para que possamos
trazer aporte de recursos do Governo Federal, do Ministério da Saúde, para
sistemas locais de produção na Cidade de Porto Alegre, e muito voltados,
inclusive, para a Zona Sul desta Cidade, para dar uma dinâmica diferenciada, no
sentido, inclusive, de se contrapor com a produção à especulação imobiliária. No entanto, o que nós vemos? Não foi
aprovada a emenda deste ano; a do ano passado não foi aplicada, e esta não foi
aprovada. Qual é o questionamento que se traz aqui? Eu peço aos meus pares que
aprovaram a política municipal que nos brindem com os seus votos, reafirmando o
entendimento de que isso é estratégico para o desenvolvimento e para a saúde da
população. Se não foi aplicada a dotação orçamentária no ano passado, e que nós
aprovamos no Orçamento, é uma responsabilidade do gestor municipal que não
aplicou e não implantou a política aprovada e sancionada por esta Casa. Nós
estamos perdendo de fazer saúde, de dinamizar a economia, de fazer articulação,
inclusive, com o complexo industrial da saúde no Brasil que está voltado, também,
para essa área de medicinais. E, como farmacêutica, digo aos meus colegas: 90%
dos produtos de síntese química são oriundos da molécula de uma planta
medicinal. Nós estamos perdendo de Porto Alegre se inserir numa cadeia de
produção de ciência e tecnologia, de produção de saúde, de produção de
soberania nacional. Eu lamento e peço aos meus colegas um voto em relação à
nossa emenda.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº 036/14.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu
caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, na
proposta da Lei do Orçamento, toda a emenda que vem no sentido de destinar
recursos para uma rubrica, como todos nós sabemos, necessariamente deve indicar
de onde vai retirar esses recursos. A proposta da Ver.ª Jussara é interessante
no sentido de tratar as questões de plantas medicinais e fototerápicas.
Acontece que a Vereadora apresenta a proposta de destinar R$ 400 mil, Ver.ª
Lourdes, e a proposta retira do orçamento da SEDA a importância de R$ 200 mil.
Na verdade, destina-se para plantas medicinais e retira-se recurso da SEDA. Mas
o que é mais importante, Vereadora, é que, na verdade, V.Exa. propõe a retirada
de R$ 200 mil da verba de reserva de contingência. E a Lei de Diretrizes
Orçamentárias diz qual o percentual de recursos que deve ser inserido na
reserva de contingência. Se nós temos na lei que 1% dos recursos vão ser
inseridos na reserva de contingência, nós não podemos estabelecer um orçamento
com valor menor do que esse 1%. Então, na verdade, o prejuízo da emenda está
que, na reserva de contingência, o mínimo legal estabelecido para o orçamento
de 2015 está estabelecido ali no projeto e nós não temos como retirar mais
recursos dessa reserva. Portanto, tecnicamente, é necessária a reprovação dessa
Emenda nº 91.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº 036/14, pela
oposição.
A SRA. JUSSARA
CONY: Em
primeiro lugar quero agradecer pelo tempo de oposição que me foi cedido pelas
duas Bancadas de oposição, agora somadas, em determinado momento, pela Ver.ª
Lourdes. Ver. Ferronato, não há contradição entre retirar das políticas...
Votamos com a Ver.ª Lourdes nas suas emendas, até porque o uso de fitoterápicos
não é só para humanos, é usado para animais também, e com muita qualidade e com
resultados altamente positivos. Até porque, no contexto da discussão humana e
animal, nós temos, sem dúvida nenhuma, uma relação, o homem, de um lado, não é
centro do universo; e, por outro lado, no momento em que tiram o homem desse
contexto da natureza onde existem os animais, onde existem os homens, onde
existem as plantas medicinais, o que ocorre? Nós começamos a ter distorções em
políticas estratégicas e fundamentais para a vida de todos, porque a natureza é
muito sábia – eu acho que nós é que não estamos entendendo essa sabedoria da natureza.
Se eu tirei lá dos animais, os animais serão beneficiados com isso. Mas o que
eu quero mais é aqui rapidamente lhe dizer: nós, o senhor sabe, aprovamos no
PPA a política de plantas medicinais. É isso, eu quero resgatar, essa relação
soberana que nós temos que ter entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo,
porque essa é uma questão da gestão optar. E eu acho que a gestão optou que
esta não é uma política da sua gestão, que não a entende como uma política
importante, repito: sob o ponto de vista da saúde, da formação e capacitação de
recursos humanos para essa área, não só da saúde, mas da ciência e tecnologia,
sob o ponto de vista de uma cadeia produtiva e estratégica sob a ótica de
sistemas locais de produção. Então, em 2013, nós aprovamos no PPA – no Plano
Plurianual. Em 2013, eram R$ 700 mil, não foram executados. Então, essa é a
pergunta: onde é que estão os R$ 700 mil das plantas medicinais para podermos
fazer essa relação e trazer aportes e recursos significativos para a cidade de
Porto Alegre? Porque eu legislo para a cidade de Porto Alegre, eu não legislo
pensando se é esse ou aquele Governo. Tenho a minha opinião, sou oposição, mas
essa é uma legislação para a cidade de Porto Alegre, para os usuários do
Sistema Único de Saúde, para a política de assistência farmacêutica, com
qualidade, com opção terapêutica lá na ponta. Então, eu só posso chegar à
conclusão que é uma decisão de gestão; uma decisão de gestão que não dialoga
com a saúde, que não dialoga com a ciência e tecnologia, que não dialoga com
cadeias produtivas geradoras de emprego, de renda e de fixação do homem,
inclusive na terra – que, na Zona Sul de Porto Alegre, vai indo para a
especulação imobiliária –, sem também dialogar com esse conhecimento, o
conhecimento tradicional das raças que nos formaram – o índio, o negro, o
branco. É um conhecimento belíssimo que o gestor parece que não quer
aproveitar, e essa política é importante, num centro universitário como a
cidade de Porto Alegre, que tem uma universidade federal e várias outras
universidades que estão desenvolvendo ciência e tecnologia nessa área de
plantas medicinais. Então, a Bancada do PCdoB chega à conclusão que é uma opção
de gestão, e que fique marcado: gestão que não dialoga com o significado da
saúde, da ciência e tecnologia e de uma cadeia produtiva que geraria milhares
de empregos para a cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº 036/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Serei
muito breve, peço a paciência dos nobres Vereadores, porque acho que esse é um
tema muito caro para nós – caro de querido –, porque a busca de alternativas
sustentáveis, alternativas que entrem num circuito virtuoso de geração de
trabalho, de geração de saúde, numa visão de saúde preventiva, numa visão de
integração com a natureza, de preservação ambiental, é uma temática que nós
consideramos que ou há investimentos, ou há priorização, ou nós perdemos
qualquer outro investimento em serviço público, em especial, Ver.ª Jussara, na
saúde. A saúde baseada no remédio, baseada no atendimento da doença é fadada a
um poço sem fundo e sem que haja condição de uma cidade de se orgulhar e ter
resultado de qualidade de vida na população. Trago dois outros fortalecimentos:
eu estava lendo com atenção a lei que reconstitui uma parte da área da Zona 8
para área rural. Ali, Ver.ª Jussara, acho que cabe uma emenda para incentivo,
acho que o Governo Municipal precisa compreender a importância da agroecologia,
que ainda é muito pequena, mas que tem quer ser desenvolvida, toda esta questão
medicinal, entrar nos currículos, entrar na ação. Muitas estratégias da Saúde
da Família eu encontrei com a Pequena Horta, com orientação a mães, e acho que isso
tem que ganhar volume e ganhar prioridade de incidência do Governo.
A nossa Bancada do PT se alinha à Ver.ª Jussara,
ao PCdoB nesta luta. A Ver.ª Jussara colocou no Plano Plurianual e não consegue
ver contemplada em nenhum momento e insiste. É um trabalho sério, continuado,
tem a nossa congratulação e o nosso apoio.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Clàudio Janta e Mario Fraga, a Emenda nº 91, destacada, ao PLE nº 036/14. (Após
apuração nominal.) REJEITADA por 07
votos SIM, 15 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Mario Fraga e Clàudio Janta, a Emenda nº 104, destacada, ao PLE nº 036/14.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 20 votos SIM e 03 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Clàudio Janta Ver. Mario Fraga, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 104, destacada,
ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 24 votos SIM.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, a Emenda nº 105, destacada, ao PLE nº 036/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 13 votos SIM, com o voto de desempate do Presidente;
12 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação, nominal solicitada pelo Ver. Cassio
Trogildo, o bloco composto pelo PLE nº 036/14 e as seguintes Emendas e
Subemendas: Emenda nº 03; Subemenda nº 01 à Emenda nº 03; Emenda nº 04;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 04; Emenda nº 05; Subemenda nº 01 à Emenda nº 05;
Emenda nº 10; Subemenda nº 01 à Emenda nº 10; Emenda nº 11; Emenda nº 12;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 12; Emendas nos 13, 14, 17, 19, 22;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 22; Emendas nos 24, 25, 26, 27, 28, 29,
31, 34; Subemenda nº 01 à Emenda nº 34; Emenda nº 36; Subemenda nº 01 à Emenda
nº 36; Emendas nos 37, 38, 42, 43, 44; Subemenda nº 01 à Emenda nº
44; Emendas nos 45, 46, 49, 50, 51, 53; Subemenda nº 01 à Emenda nº
53; Emendas nos 55, 57, 58, 59, 60, 61, 63, 66, 67, 68, 69;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 69; Emendas nos 70, 71, 73; Subemenda nº
01 à Emenda nº 73; Emendas nos 75, 76, 77, 81, 82, 86; Subemenda nº
01 à Emenda nº 86; Emendas nos 89, 92, 95; Subemenda nº 01 à Emenda
nº 95; Emendas nos 97, 98, 100, 106, 109, 110, 111, 112, 113, 114,
115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124 e 125. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 24
votos SIM e 01 voto NÃO.
O Sr. Mario Fraga: Presidente,
declaro meu voto: voto “sim”.
A Sra. Jussara Cony: Declaração de
Voto das Bancadas do PT e do PCdoB, na qual V. Exa. se inclui, naturalmente.
Vamos encaminhá-la, mas queremos registrar nossa declaração aqui: os avanços em
relação ao Orçamento foram tímidos, mas destacamos a importância pela
participação popular. E aqui queremos destacar o protagonismo da União da
Associação de Moradores, a UAMPA, de todo o processo muito bem conduzido pela
Ver.ª Sofia e pelas Bancadas, das creches infantis, fruto deste protagonismo
popular na área de educação, sob o ponto de vista da cultura, do SATED, do
Fumproarte e dos postos 24 horas, que são uma luta estratégica da saúde,
incluímos isso também, que era do Ver. Clàudio Janta. A nossa luta é para que o
Prefeito mantenha as conquistas construídas com o protagonismo popular, e a
nossa luta é para que o Orçamento seja executado. Que esse Orçamento aprovado aqui
seja sancionado, plenamente, e executado no ano de 2015. É assim que votam as
Bancadas do PT e do PCdoB. Se os companheiros quiserem adicionar, depois nós
vamos mandar por escrito. Muito obrigada, Sr. Presidente.
O Sr. Idenir Cecchim: Sr. Presidente, queria dizer que votei
nas emendas que votei, votei no projeto e quero enaltecer aqui a conduta do
Executivo, que não se plantou aqui dentro para monitorar como cada Vereador
deveria votar. Tanto é que o Líder do Governo se posicionou em algumas votações
de uma maneira e as bancadas da base se posicionaram contrariamente. Então, foi
um Orçamento que o Governo mandou e respeitou. Eu sou presidente da Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR, e não tive nenhuma emenda
aprovada, mas quero ressaltar aqui o trabalho de todos os Vereadores, mas,
principalmente, a isenção do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Executivo aqui
dentro na votação de hoje, respeitando a Câmara de Vereadores.
A Sra. Fernanda Melchionna: Nós estaremos,
em 2015, fiscalizando o cumprimento do Orçamento, não só das emendas, e mais,
Sr. Presidente, para que não haja os vetos que muitas vezes ocorrem depois da
votação do Orçamento e das leis nesta Câmara. Mas queria deixar registrado que,
embora nós achemos extremamente positiva a aprovação da emenda popular da
Educação Infantil, as emendas vinculadas à cultura, o conjunto dessas emendas
não representa nem 2% de um Orçamento que se compromete, basicamente, com a
manutenção de uma lógica que é de terceirização. O conjunto das terceirizações,
consultorias, totaliza quase R$ 1 bilhão, com a publicidade, os cargos em
comissão, então nós não temos acordo com o conjunto da política orçamentária no
Município de Porto Alegre. Por isso, mantemos a nossa independência, votamos
contra o projeto, mas estaremos fiscalizando para que as coisas boas sejam
executadas para melhorar a vida da Cidade.
O Sr. Clàudio Janta: Sr. Presidente,
nós queríamos dizer que esperamos que esse orçamento seja um avanço para o
Executivo cumprir o Plano Plurianual que esta Casa aprovou. Esperamos que seja
uma iniciativa não somente do Executivo, mas que esta Casa vá a Brasília buscar
mais recurso para esta Cidade. Também, que o Executivo, após receber este
projeto, não faça o que não fez, a ingerência nesta Casa; que ele a respeite a
vontade desta Casa, principalmente na área de educação e saúde, não vetando o
que foi aprovado aqui. Que esta Casa seja parceira do Executivo para ir a
Brasília buscar recurso, já que a União detém 62% do que é arrecadado nesta
Cidade. Nós temos que buscar mais dinheiro para a cidade de Porto Alegre, para
investir na saúde, educação e infraestrutura.
O Sr. Airto Ferronato: Meu caro
Presidente, eu quero registrar o que todos sabemos: o momento que se vota e se
discute a Lei de Orçamento é dos mais importantes que vive um Parlamento, até
porque as decisões que aqui são tomadas vão interferir com bastante significado
no ano seguinte da Legislatura. Quero agradecer, em nome do Governo Municipal,
em nosso nome, enquanto Vereadores, toda presença e participação das
comunidades que aqui estiveram, essencialmente dos Vereadores e Vereadoras que
ficaram conosco até este momento para viabilizar a possibilidade da votação do
Orçamento hoje, até porque amanhã seria o último dia. Quero agradecer aos Vereadores
e às Vereadoras que aqui estiveram, mas que, por algum motivo ou outro, por
algum compromisso, não puderam ficar conosco até este momento. Agora, nós
conseguimos essa votação dentro do prazo legal e regimental exatamente em
função dos Vereadores e das Vereadoras que estiveram conosco até esta hora. Um
abraço a todos e obrigado.
O Sr. Reginaldo Pujol: Sr.
Presidente, é meu dever assinalar algumas circunstâncias que me parecem
relevantes. A primeira delas envolve V. Exa., que preside os trabalhos até este
horário, mais de 20h da noite, 20h12min, num treino muito bem experimentado
para as atividades que V. Exa. certamente irá desenvolver no ano vindouro como
Presidente da Casa. Que V. Exa. mantenha sempre este seu espírito jovial,
cortês e descontraído com que conduziu os trabalhos no dia de hoje. É certo que
V. Exa. foi muito bem assessorado pelo nosso “eterno 37”, que está aqui ao
lado.
Num segundo momento – eu não quero ficar aqui
fazendo loas exageradas –, acho que o Ver. Airto Ferronato merece um
reconhecimento. Nós tivemos, ao Orçamento na Casa, mais de cem emendas, e a
grande maioria mereceu aprovação no seu relatório. Estão incluídas agora no
Orçamento da Cidade, vão à sanção do Sr. Prefeito, que, por óbvio, ainda tem a
possibilidade do veto. Em verdade, a intenção da Casa foi no sentido de que
elas caminhassem, e não mais do que duas, três ou quatro, no máximo, deixaram
de ser atendidas e contrariaram o relatório técnico que o Vereador fez. Por
isso eu quero cumprimentá-lo.
E, no final, eu quero dizer, com muito carinho,
que, em meus 75 anos de idade, vários anos como Vereador, me sinto muito
orgulhoso de continuar nesta Câmara de Vereadores, porque mudam os tempos,
mudam as pessoas, mas a responsabilidade continua. Estão aqui, nesta hora bastante
adiantada, mais de duas dezenas de pessoas responsavelmente respondendo por
seus votos com suas presenças, por suas obrigações como representantes do povo.
Um abraço a V. Exa., minhas homenagens e meus cumprimentos.
O Sr. Cassio Trogildo: Ver. Mauro,
também quero fazer o registro aqui da sua condução, durante a tarde e boa parte
da noite, na sua condição de Presidente. Logicamente, aí já começa a se
demonstrar o que teremos no ano que vem, quando o senhor assumir a Presidência
desta Casa.
Quero aqui também fazer o registro do trabalho
do Ver. Airto Ferronato como Relator do Orçamento, o que já é comum nesta Casa.
Quero realmente ressaltar que um projeto orçamentário com 108 emendas e 26
emendas destacadas, para chegar a um resultado que eu entendo extremamente
positivo, como chegamos na noite de hoje, tem que ter um Relator capacitado
como o Ver. Ferronato e também as Lideranças de todos os Partidos, em especial
a Liderança do Governo, Ver. Ferronato, Ver. Pujol, Ver. Mario Fraga e Ver.
Paulo Brum. A Peça Orçamentária que hoje nós aprovamos, dentre outras coisas,
mantém, em termos de investimentos, aquilo que a Cidade aprovou nas plenárias
do Orçamento Participativo, nesses 25 anos de participação popular na nossa
Cidade. Então, mantém os investimentos que foram debatidos e escolhidos pelas
17 regiões da Cidade e também nas seis temáticas. Quero dizer que estamos todos
de parabéns e que, no ano que vem, teremos um Orçamento possível de ser
executado. Obrigado.
O Sr. Delegado Cleiton:
Sr.
Presidente, quero parabenizá-lo pela condução dos trabalhos e dizer que o dia
de hoje foi uma contribuição democrática para uma gestão em que acredito. Quero
parabenizar o Prefeito Fortunati. Nós sabemos das dificuldades de gerir Porto
Alegre, mas o que fizemos aqui foi uma contribuição democrática de quem
acredita, como eu, num mandato de 65% de Porto Alegre.
A Sra. Lourdes Sprenger:
Sr.
Presidente, foi muito importante mais esse processo de discussão do Orçamento,
embora tenhamos observado que, no ano passado, orçamentos não foram
considerados pela Secretaria que mais nos demanda trabalho no gabinete. É um
Orçamento que contempla áreas que não são finalísticas, para o que já
demonstrei minha contrariedade na tribuna, e também não concordo com algumas
justificativas do Líder do Governo, Ver. Ferronato, que sempre enfatiza que
domina o Orçamento, mas eu tenho algum conhecimento também e não concordo com
certas justificativas apresentadas aqui, porque entendo que não são
verdadeiras.
Mas está aí o Orçamento, desejamos que as áreas
se motivem a atender às demandas da Cidade, que tenhamos uma Cidade melhor, com
melhores serviços e com mais dedicação aos nossos porto-alegrenses.
O Sr. Márcio Bins Ely: Ver. Mauro
Pinheiro, também aqui, em nome da Bancada do PDT – Vereadores Nereu
D’Avila, João Bosco Vaz, Thiago Duarte, Mario Fraga, Delegado Cleiton e este
Vereador –, quero cumprimentar V. Exa. pela condução dos trabalhos, junto com
nossa Diretoria Legislativa, demais Vereadores, Vereadoras e as bancadas aqui.
Nós, a quatro mãos, seis mãos, a oito mãos, conseguimos finalizar esta Peça,
que é a construção de um entendimento coletivo. Tenho certeza de que nós
conseguimos aqui construir aquilo que é o mais próximo do ideal possível para a
nossa Cidade. Sabemos que o cobertor é curto, que as demandas são enormes,
temos grandes perspectivas, e grandes desafios para o ano que vem, e a gente
espera que possamos acertar mais do que errar. As decisões coletivas devem
sempre prevalecer, e tenho certeza de que a Câmara de Vereadores deu uma grande
contribuição, são quase 20h30min, e nós vamos sair daqui, hoje, de peito
estufado, cabeça erguida pelo dever cumprido. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Quero cumprimentar a todos os servidores desta
Casa, são 20h16min, e só com a presença de todos eles é que foi possível que os
Vereadores cumprissem com o seu papel. Parabéns a todos os Vereadores também.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 20h17min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO
PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº 2094/14 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que altera o inc. I
do art. 7º e o art. 9º e inclui inc. IX no art. 8º e Seção IV – Das Áreas de
Proteção ao Ciclismo de Competição –, com arts. 18-A, 18-B e 18-C, no Capítulo
I do Título II da Parte II, todos na Lei Complementar nº 626, de 15 de julho de
2009 – que institui o Plano Diretor Cicloviário Integrado e dá outras
providências –, e alterações posteriores, incluindo áreas de proteção ao
ciclismo de competição no rol de elementos integrantes do sistema cicloviário e
dando outras providências.
PROC. Nº 2165/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 204/14,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que obriga os empreendimentos constantes
no Anexo 4 da Lei Complementar nº 626, de 15 de julho de 2009, alterada pela
Lei Complementar nº 710, de 18 de fevereiro de 2013, em que haja vagas de
estacionamento para seus clientes a instalarem paraciclo ou bicicletário de uso
público nesses locais.
PROC. Nº 2251/14 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 212/14,
de autoria do Ver. Cláudio Conceição, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Marcino Fernandes Rodrigues Junior.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não há quem queira discutir a Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 20h18min.)
* * * * *